quarta-feira, 15 de abril de 2020

TANTA ABNEGAÇÃO, TANTO EMPENHO

Nesta pandemia é manifesta a grande e imensurável contribuição dos combatentes da primeira linha, que são indubitavelmente todos os Profissionais de Saúde. Quando afirmo todos, é porque incluo desde a gestão hospitalar até à base da limpeza, enfatizando naturalmente todo o ramo clínico representado por Médicos e Enfermeiros de ambos os sexos.
A estes combatentes, por vezes sem armas suficientes, sem defesas, sem tempo, envolvidos em imensas horas de trabalho sem descanso, o meu sincero e terno reconhecimento.
Sei que eles combatem um inimigo praticamente desconhecido, insidioso, invisível, traiçoeiro, que ataca em todas as frentes com as mais indignas armas da biologia, mas não esmorecem. Caem de cansaço, mas persistem. Consternados, mas não resignados. Descarregam emoções por uma perda, mas carregam energia por muitas vidas recuperadas. Sustentam a dor do conforto do lar que lhes é vedado visitar, nem sequer podem confortar com um abraço de um profissional ao seu lado, mas contentam-se com breves palavras de incitamento e conforto entre eles.
Não se lhes vê o rosto, necessariamente protegido (por vezes insuficientemente protegido), para serem reconhecidos pelos colegas de luta trazem o nome ou apelido escrito nos fatos de protecção. Vemo-los como autómatos, mas não o são, porque neles corre o sangue nas veias e discorre o pensamento e a dor. Julgamo-los viajantes do espaço, modificados e escondidos por aquela necessária forma de traje protector. Sabemos, isso sim, que dão o seu melhor, no Mundo em geral e em Portugal em particular.
Quando Churchill, referindo-se aos aviadores britânicos da II Guerra Mundial, afirmou que “nunca tantos deveram tanto a tão poucos”, podemos nós dizer também, relativamente a esta frente de combate destes profissionais “que todos nós sempre lhe devemos, agora ainda muito mais”.
Aos profissionais de Saúde, às linhas de apoio, protecção civil, bombeiros e demais abnegados resistentes, ao SNS no seu todo, o MEU MUITO OBRIGADO.

Se esta é a mais ínfima forma de lhes manifestar o meu reconhecimento, junto a ela um desenho que lhes dedico de alma e coração a esses milhares de heróis, e uma sentida homenagem aos que tombaram ao serviço da Humanidade.

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