quinta-feira, 30 de abril de 2020

AFRICAN QUEEN - RAINHA AFRICANA - portfólio 4


Não é a primeira vez que, neste blog, trago este projecto; nem teria certamente lugar neste portfólio, uma vez que se encontra inédito e, pior que isso, inacabado. Não deixo de o registar, mais uma vez, porque se trata de um trabalho misto, baseado na obra de C. S. Forester conjugado com o filme de John Huston, protagonizado a dois com Humphrey Bogart e Katherine Hepburn.

Não queiram saber as tentativas que fiz e desfiz para achar um padrão para os enquadramentos e a forma, desde pranchas com seis e sete vinhetas e formato A4 para outras de duas e três vinhetas e formato no mínimo A5.

Trata-se de uma reprodução a cores, baseada no filme e com o suporte no livro, bem como outra a preto, em traços rápidos à semelhança de rascunhos ou esquiços.

O filme tem a minha idade, sempre me empolgou pela interpretação e pela simplicidade do argumento, com base apenas em dois personagens que convivem num pequeno barco num rio africano, por alturas da I Guerra Mundial.

Esta obra desenhada foi feita por mim, especialmente para mim, pelo prazer que me dá reproduzir e compatibilizar o texto de Forester com as imagens de Huston, realizador que abominaria como pessoa, pois aproveitava os intervalos das filmagens para se satisfazer a caçar elefantes.

A história deste filme daria para outro filme. Basta dizer que os actores e a equipa técnica passaram por doenças e desinterias, com malária inclusive, à excepção de Bogart... pois era o único que bebia whisky em vez de água. Foi graças a esta película que venceu o seu único Óscar.

Ninguém me pergunte se algum dia terminarei este trabalho gráfico. Eu não sei dar a resposta sequer a mim próprio.

terça-feira, 28 de abril de 2020

A MULHER QUE MATOU OS FRANCESES

Esta lenda faz parte de um lote de 12, elaboradas sob proposta que não se chegou a concretizar. Na altura em que foi colocada, havia uma espécie de parceria entre uma editora e as Aldeias Históricas de Portugal, ficando eu, sem contrato escrito, com a incumbência de preparar uma lenda por cada uma das "aldeias históricas".
Por isso, sendo inédita esta que respeita a Trancoso, faço dela o que quiser. E trago-a até aqui.








domingo, 26 de abril de 2020

O ATENTADO A SALAZAR - portfólio 3


Foi a 4 de Julho de 1937 que António de Oliveira Salazar escapou, por pouco, a um atentado à bomba. Dirigia.-se, de automóvel, para a capela particular de um amigo nesse domingo, a fim de assistir à missa, quando a bomba rebentou.

Abriu-se uma enorme cratera, mas os anarquistas viram gorada a tentativa de ceifarem a vida ao todo-poderoso chefe do Estado Novo. 

Seguiu-se uma caça ao homem, e, na tentativa de apresentarem o mais rapidamente possível os culpados, as polícias - principalmente a PVDE - envolveram-se em contradições e incriminaram inocentes.

Estava escrito que Salazar devia morrer num acidente mais comezinho.

(Publicado semanalmente no jornal "O Crome", entre 19 de Julho de 2001 e 11 de Outubro do mesmo ano, duas pranchas pior página; publicado no álbum "Registos Criminais", edição Época d'Ouro; algumas vinhetas serviram de apoio ilustrado a um programa de televisão sobre PVDE/PIDE).


sábado, 25 de abril de 2020

AS AVENTURAS DO MAGRIÇO -portfólio 2


Com texto e desenhos da minha autoria, em "As Aventuras do Magriço" - que Luís de Camões imortalizou em "Os Lusíadas" - pretendi não só ficcionar a sua intervenção no torneio de Londres, a convite do Duque de Lencastre, como todas as aventuras por que ele passou na viagem até Londres. 

Segundo as crónicas, Álvaro Gonçalves Coutinho, o "Magriço", foi o único dos 12 cavaleiros portugueses a viajar por terra. Os restantes 11 companheiros viajaram por mar. 

O torneio de Londres, resultou da resposta dos 12 de Portugal (que ficaram a ser conhecidos como os 12 de Inglaterra) ao desafio dos 12 cavaleiros ingleses, alegadamente por estes terem desrespeitado verbalmente as aias de D. Filipa de Lencastre, que casou com D. João I de Portugal, filha do duque.
O "Magriço" viajou por terra, como disse, levando por companhia um frade, seu confessor, um escudeiro atrevido e um antigo salteador de caminhos. Percorreram território hostil de Castela. conheceram vicissitudes e muitas aventuras.

Recordo que o Teatro Nacional de D. Maria II foi inaugurado no die aniversário daquela rainha, com uma peça expressamente feita para o efeito, cujo tema era "O Magriço".
(A primeira parte destas aventuras foi publicada em comic book de formato A5 e em álbum de formato A4, com variante de enquadramentos, sob chancela própria, a "Sete Vidas").

sexta-feira, 24 de abril de 2020

O HOMEM MACACO - portfólio 1


Chamavam-lhe o Homem-Macaco, referiam-se a ele como o "Albaninho do Mal" ou "Homem-Macaco do Aveloso".
Foi lendária, misteriosa e aventurosa a vida deste homem: subia por paredes, mostrava possuir uma força descomunal, bebia em grandes quantidades qualquer líquido que encontrasse; trepava a torres, metia medo ao medo; subia para o tejadilhos dos carros eléctricos de Lisboa em pleno andamento. Mas não fazia mal algum.
No fundo, o Homem Macaco era uma criatura a quem acometiam uns estranhos e nunca esclarecidos ataques.
Faleceu em 1976. Quem o viu assegura que parecia "o diabo em figura de gente", galopava, escoicinhava e dava uivos. Em plenos ataques bebia enormes quantidades de água, fosse ela onde fosse. A Medicina nunca encontrou explicação para o fenómeno.
(Publicado no álbum "Lendas da Mêda", 2007.

A MINHA MONTRA

É esta uma rubrica que irei disponibilizar neste espaço, se possível diariamente, como se fosse um portfólio dos meus trabalhos publicados e não publicados, em BD, desenho e, mais tarde, também na escrita em todas as suas vertentes.
Um amigo meu tem insistido - e até criticado pessoalmente - o facto de eu exibir os trabalhos com mostras parciais, sem que permita a leitura completa, neste caso em termos de Banda Desenhada publicada. É certo que seria o ideal fazê-lo, principalmente na vasta série que publiquei no jornal "O Crime", entre outros jornais e revistas, mas teria de proceder antecipadamente a um trabalho de "reconstrução" e "limpeza" das pranchas iniciais, não só no aperfeiçoamento e na esquadria dos enquadramentos, como até no texto e balonagem. Poderei fazê-lo num caso ou noutro, se houver muitas solicitações nesse sentido, porque esse trabalho envolve muitas horas de computador. Para isso, irei novamente abrir os comentários com acesso geral e não com acesso restrito, como se encontra até agora, uma vez que fui obrigado a fazê-lo devido a intrusão indevida e indesejada de spam, ainda por cima publicitário e em inglês; isto, é claro, sem prejuízo de voltar a limitar, caso as intrusões continuem a verificar-se, uma vez que me causa incómodo ter de apagar esse abuso informático.
Este portfólio diário, terá logicamente uma breve descrição do trabalho, três ou quatro imagens não sequenciais e a indicação da sua publicação ou estado inédito.
A maior parte do que aqui vou registar já não está disponível no mercado, não só por ter sido publicado em jornais, suporte que é raro permanecer em arquivo dos leitores (a não ser dos que coleccionam), em álbuns já esgotados ou de tiragem de limitada distribuição e localizada, como é o caso das edições institucionais regionais ou nacionais.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

A BD NÃO TEM QUARENTENA


Depois de completar "A Batalha de Trancoso" já referida em post anterior, terminei agora "O Malhadinhas", aproveitando a quarentena para completar cerca de meia centena de pranchas que faltavam. São, ao todo, 160 pranchas com 789 vinhetas, a maioria de 5, 6 e 4 por páginas, respectivamente, 430, 198 e 124. É esta obra, de Mestre Aquilino, completa. Eu adoro números!
No entanto, hoje ofereço a visão de mais duas pranchas de A Batalha. Quanto a uma amostra do Malhadinhas, ficará para depois.


quarta-feira, 15 de abril de 2020

TANTA ABNEGAÇÃO, TANTO EMPENHO

Nesta pandemia é manifesta a grande e imensurável contribuição dos combatentes da primeira linha, que são indubitavelmente todos os Profissionais de Saúde. Quando afirmo todos, é porque incluo desde a gestão hospitalar até à base da limpeza, enfatizando naturalmente todo o ramo clínico representado por Médicos e Enfermeiros de ambos os sexos.
A estes combatentes, por vezes sem armas suficientes, sem defesas, sem tempo, envolvidos em imensas horas de trabalho sem descanso, o meu sincero e terno reconhecimento.
Sei que eles combatem um inimigo praticamente desconhecido, insidioso, invisível, traiçoeiro, que ataca em todas as frentes com as mais indignas armas da biologia, mas não esmorecem. Caem de cansaço, mas persistem. Consternados, mas não resignados. Descarregam emoções por uma perda, mas carregam energia por muitas vidas recuperadas. Sustentam a dor do conforto do lar que lhes é vedado visitar, nem sequer podem confortar com um abraço de um profissional ao seu lado, mas contentam-se com breves palavras de incitamento e conforto entre eles.
Não se lhes vê o rosto, necessariamente protegido (por vezes insuficientemente protegido), para serem reconhecidos pelos colegas de luta trazem o nome ou apelido escrito nos fatos de protecção. Vemo-los como autómatos, mas não o são, porque neles corre o sangue nas veias e discorre o pensamento e a dor. Julgamo-los viajantes do espaço, modificados e escondidos por aquela necessária forma de traje protector. Sabemos, isso sim, que dão o seu melhor, no Mundo em geral e em Portugal em particular.
Quando Churchill, referindo-se aos aviadores britânicos da II Guerra Mundial, afirmou que “nunca tantos deveram tanto a tão poucos”, podemos nós dizer também, relativamente a esta frente de combate destes profissionais “que todos nós sempre lhe devemos, agora ainda muito mais”.
Aos profissionais de Saúde, às linhas de apoio, protecção civil, bombeiros e demais abnegados resistentes, ao SNS no seu todo, o MEU MUITO OBRIGADO.

Se esta é a mais ínfima forma de lhes manifestar o meu reconhecimento, junto a ela um desenho que lhes dedico de alma e coração a esses milhares de heróis, e uma sentida homenagem aos que tombaram ao serviço da Humanidade.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

A BATALHA DE TRANCOSO


Acabado há um mês, este trabalho já deu lugar a outro que tenho entre mãos.
Sobre a Batalha de Trancoso, trata-se de uma encomenda, a cores, que pretende ser impressa em cinco mil ou mais exemplares.
Aqui ficam a capa e três pranchas do miolo.