sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

terça-feira, 12 de novembro de 2019

A "GIRALDINHA" DE LISBOA






Foi esta "Giraldinha" uma das mais célebres ladras do séc. XIX em Lisboa. Durante 10 anos, entre 1885 e 1895, a Maria Rosa, de alcunha Giraldinha, foi presa 21 vezes, tendo cumprido 2500 dias de prisão efectiva, o que corresponde a 7 anos da sua vida.
Foi com esta figura verídica que fiz uma série de pranchas no jornal "O Crime", de que trago aqui quatro delas e mais meia.
É evidente que isto é apenas uma amostra do total das aventuras desta mulher ainda nova, que viveu uma vida difícil, designadamente quando deixou a sua aldeia com 13 anos de idade para vir para Lisboa.

domingo, 10 de novembro de 2019

O MAGRIÇO - PORMENORES DO TRATAMENTO GRÁFICO



A técnica do desenho em papel e em computador, no meu caso, corresponde a um primeiro trabalho a lápis, sobre o qual se acertam pormenores na arte final, a preto. E não acaba aí. Passado ao computador, há ainda aquilo a que eu chamo preenchimento, juntando pormenores, balonagem e texto, conforme os exemplos que em cima e em baixo reproduzo.
Repare-se que o desenho vai "despido" de conteúdo para o "scanner" e todos os pormenores e acabamentos se dão ao poder dos movimentos da mão no "rato" do computador, uma técnica que exige grande concentração e muito treino.
Nestes casos são uma vinheta e uma página de "O Magriço".




Será justo imaginar a existência prévia de um esquiço ou apontamento a tosco do que se pretende, antes de passar para estas fases do lápis, da tinta e do computador. Por isso, os mais atentos já terão reparado que nas duas últimas imagens há uma troca de vinhetas, uma vez que estas correspondem à ideia inicial.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

COMO SE EXCOMUNGA UM LIVRO?

Hoje levantei-me para escrever um post sobre uma situação verídica que ocorreu em 1960 no Norte do país. O caso meteu um padre e os livros que se iam requisitar à biblioteca itinerante da Calouste Gulbenkian.
Não vou repetir o que escrevi sobre a situação, mas é tão caricata que chamo a atenção para a dita, também aqui, se bem que a leitura, para quem não tema a "excomunhão", pode ser em
https://altas-cavalarias.blogspot.com/2019/11/os-livros-excomungados.html
Podia ter elaborado um desenho sobre o assunto - e talvez um dia o faça - mas limito-me a deixar, com algum saudosismo, uma foto das carrinhas da Gulbenkian, aquelas Citroen de cor cinza de boa memória par mim. De boa memória e de grande utilidade.



terça-feira, 29 de outubro de 2019

JOSÉ DA SILVA CARVALHO - UM LÍDER NO LIBERALISMO


Foi apresentado, no passado sábado, o livro de Banda Desenhada onde eu sou o autor dos desenhos e o Dr. António Neves como autor do argumento.
Agradecendo ao Município de Santa Comba Dão as imagens aqui reproduzidas, aqui fica uma pequena reportagem fotográfica do evento.




terça-feira, 22 de outubro de 2019

APRESENTAÇÃO DE ÁLBUM



É já no próximo Sábado, dia 26, na Casa da Cultura de Santa Comba Dão que será apresentado este meu trabalho de BD sobre aquele que eu considero como principal figura do Liberalismo.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

NOVO ÁLBUM SOBRE UMA FIGURA DO LIBERALISMO


Já se encontra na gráfica este meu trabalho em desenho e cor, o qual tem argumento de António Neves, sobre o Dr. José da Silva Carvalho (1782-1856), uma das mais importantes figuras do Liberalismo, membro do Sinédrio, o qual se encontra reproduzido numa das pinturas da Assembleia da República, executada por Columbano.


A obra vai ser apresentada na Casa da Cultura de Santa Comba Dão (concelho na naturalidade de Silva Carvalho), no dia 26 de Outubro, iniciativa organizada pelo Município, também editor do álbum.


Este trabalho levou-me uns meses, mas deu-me muito gosto executá-lo, envolvendo desenho e trabalho de computador, pormenorizado ao ponto de algumas vinhetas precisarem mais de 8 horas para as dar por concluídas.

Junto apenas 8 das 60 pranchas que fazem parte do álbum, sendo estas escolhidas aleatoriamente da montagem das páginas par e ímpar.


Voltando ao grande vulto, acrescentarei que foi ele o impulsionador e o primeiro presidente do Supremo Tribunal de Justiça (ocupando este cargo em três nomeações), para além de ter sido ministro de várias pastas, ter estado no exílio por três vezes, e ter-se empenhado na Revolução Liberal de 1820, sendo um lutador para que se fizesse a Constituição. Foi contemporâneo dos reis D. João VI, D. Miguel, D. Pedro IV, D. Maria II, a regência de D. Fernando II e D. Pedro V.


Uma das maiores personalidades do séc. XIX, a quem muito deve a liberdade. E é a figura que me levou graciosamente a este trabalho, onde reproduzi grande parte dos intervenientes nacionais e internacionais daquele período.


Voltarei ao assunto.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

AQUILINO NO MUNDO DE AVENTURAS


Saiu um breve trecho de "O Malhadinhas", desenhado por mim, no Mundo de Aventuras nº 464 (de 2 de Setembro de 1982, com a numeração em capicua). Tive a colaboração de dois grandes da BD portuguesa: o saudoso Jorge Magalhães, como editor e coordenador da revista; o Augusto Trigo, como autor da excelente capa, baseada numa das vinhetas.
O episódio muito curto, com o título "À Coa!", expressão que o António Malhadas recomendou ao frade para espantar os lobos, tem apenas 4 pranchas e 27 vinhetas, mas o conteúdo é formado por diálogos magistralmente escritos por um dos maiores escritores portugueses, Mestre Aquilino Ribeiro.
Fiz uma breve pesquisa no Google e encontrei um exemplar à venda no Brasil, num portal de vendas online, cujo exemplar era disponibilizado por um vendedor de Minas Gerais.

sábado, 17 de agosto de 2019

AQUILINO RIBEIRO - UM ESCRITOR QUE SE CONFESSA

Este é daqueles trabalhos que repousavam para todo o sempre nos meus arquivos inacabados. Comecei-o já há uns bons anos e pretendia, com ele, fazer em BD a história da vida e obra de Aquilino Ribeiro. Baseei-me em fotografias, em bibliografia, em toda a obra do autor (que possuo) e particularmente no seu livro "Um Escritor Confessa-se". Contactei alguns amigos, um dos quais até privou com Aquilino, obtive indicações, comecei a fazer cerca de duas dezenas de páginas... E parei!
O que hoje exibo são páginas inacabadas de uma obra inacabada.
Esta prancha, por exemplo, é um episódio que o autor narrou sobre uma proposta que lhe foi feita...
Esta é sobre a sua juventude, em Viseu (a Porta dos Cavaleiros, na primeira vinheta)...
Esta é sobre o ilustrador e as ilustrações do seu livro "O Romance da Raposa", onde não coloquei legendas ou diálogos, uma vez que a considero inacabada...
Mais uma inacabada, onde reproduzo o escritor, no seu jardim, com a Esposa...
Outra, inacabada, com o retrato do Autor num jardim de Paris, ainda novo.

Pensarão os leitores deste blog: este tipo traz isto aqui para ver se alguém lhe "pega" no trabalho. Se assim for, pensam erradamente, porque este trabalho não é para prosseguir. Uma das razões é esta...
Na altura, estava a concluir em BD "O Malhadinhas"  (observam uma das duas centenas de pranchas a seguir reproduzida) e propus à Bertrand a sua publicação (não recebendo eu um único cêntimo) ou, em alternativa, que me conseguissem a autorização para eu o publicar, a expensas minhas. Não obtive resposta aos e-mails que tenho arquivados.

Pensei então: se o mero trabalho sobre uma obra do autor, sem custos ou uma autorização não obteve resposta, que diria se propusesse a biografia desenhada de Aquilino?
É coisa que me incomoda uma falta de resposta. Dá ideia de desprezo ou  desconsideração. Um "Não" é resposta, tão convincente quanto um "Sim" e mais justo que um "Talvez", que nem é carne, nem é peixe, nem coisa alguma. Pode-se não responder a uma carta, deve-se dar resposta a uma proposta. No meu caso particular, tenho sido por vezes brindado com ausências de respostas, o que não me deixa satisfeito e me faz permanecer intrigado.
Desisti de tudo. Hoje, nem gratuito nem a pagar. Também não se perde grande coisa. O que tenho é meu, saiu agora para me justificar. Igualmente não terei ensejo de concretizar publicar eu, porque suponho que a obra só cairá no domínio público em 2034.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

CRIME NA PRAIA DO OSSO DA BALEIA


Com o nome do autor dos crimes, Vítor Jorge, foi publicada esta série no jornal "O Crime". Apelidado de "Mata-sete", por tantas serem as vítimas, Vítor faleceu recentemente, depois de cumpridos 14 dos 20 anos (pena máxima, na altura) em que foi condenado. Parece que foi um preso exemplar, passando a liberdade em Inglaterra e na Córsega. A este assunto referi-me num post deste blog, no dia 7 de Janeiro do corrente ano, tendo aí publicado a última página do trabalho.



segunda-feira, 8 de julho de 2019

VOTEM NA "SARDINHA DOCE" DE TRANCOSO



Trata-se de uma sardinha sem espinhas e, ainda por cima, doce. Cabe-me como membro da respectiva Confraria, fazer este apelo ao voto através de uma (ou mais) chamadas telefónicas.
O Município de Trancoso promoveu a candidatura da Sardinha Doce ao concurso "7 Maravilhas Doces de Portugal". Na expectativa de atingir as semifinais do concurso, aquele bem saboroso doce conventual terá de, segundo o regulamento, ficar em primeiro lugar de entre os 7 doces do distrito da Guarda, que chegaram a esta fase. Para tal, será necessário reunir o maior número de votos, que apenas será possível através de chamadas telefónicas para o número 760 107 049 (0,60€ + IVA), até ao dia 10 de Julho, no final do programa em directo da RTP, que terá lugar na capital de distrito, entre as 10h e as 17h30.
Como o “tempo de antena” é distribuído pelo canal televisivo segundo a ordem alfabética da designação do produto, será quase no final do programa de quarta-feira que a “Sardinha Doce” saltará na rede. E eu, como bom Confrade, conto lá estar, participando e falando, se assim me for solicitado, sobre as origens da iguaria.
Também lá estará o Eng. Alexandre Fonseca, Presidente Executivo & Chairman da Altice Portugal, que amavelmente aceitou o convite, apadrinhando a Sardinha Doce de Trancoso.
Se melhor não pergunto, desculpem colocar, à guisa de desafio: de que estão à espera para telefonar para o 760 107 049? E, desde já, o meu agradecimento pelo apoio.

sábado, 6 de julho de 2019

OS MARÇAIS



Bando também conhecido pelo nome de Marçais de Foz Côa, começou por ser uma guerrilha liberal, degenerando depois para assaltos e ajuste de contas com rivais, na sua maioria miguelistas.
Como a série que tenho vindo a expor, publicada no semanário "O Crime", deste registo trago apenas quatro pranchas.



Quero dizer que fui desafiado por um amigo - que a seu tempo direi quem é, se ele autorizar - a publicar todos os episódios dos bandoleiros e demais protagonistas dos registos criminais, em fascículos de formato 21x21, com três tiras por página. No entanto, só iniciarei esse trabalho se houver da parte dos interessados manifesto desejo de aquisição, que deverá ser feita por manifestação prévia, designadamente através dos comentários deste blog.

domingo, 23 de junho de 2019

OS CHUÇOS




Mais um dos trabalhos sobre factos efectivamente ocorridos na saga dos bandoleiros portugueses.
Foi também publicado no semanário "O Crime" . Hoje seguem seis pranchas, correspondentes a 3 páginas do jornal.





terça-feira, 4 de junho de 2019

SARDINHAS DOCES NA TVI


Desta vez foi na TVI, programa "A Minha É Melhor Que a Tua", em representação,com outros dois confrades, da Confraria das Sardinhas Doces de Trancoso. Com o traje "de gala", capa castanha, romeira amarela sobre os ombros, medalha e chapéu à beirão, lá falo eu, em breve introdução, da origem do doce. Estou junto ao autor do programa, José Manuel Santos.
Em baixo, na cozinha da D. Rosa, mestre doceira, lá estou com uma sardinha na boca. Não faço por menos...
Certamente não terá Bandarra sequer imaginado o sabor deste doce da sua amada terra, nem pela sua gula seria chamado aos cárceres da Inquisição; nem D. Dinis apresentou esta guloseima nas suas bodas com Isabel de Aragão, aqui em Trancoso, ou tido o ensejo de provar esta iguaria conventual, tão só por ela ainda tardar, no tempo, a instalar-se na urbe trancosana. Em Bandarra não consta sequer o vaticínio, e sua majestade real, com todos os privilégios a seu favor, viu-se privado deste. Nós, porém, somos uns felizardos…



terça-feira, 28 de maio de 2019

NA PRAÇA DA ALEGRIA (RTP1 PORTO)


Na Praça da Alegria, hoje, com os meus companheiros e os apresentadores do programa. Eu estou de 
cócoras, à frente, o primeiro a contar da esquerda, de calça branca. A minha intervenção foi de cariz histórico, com entrevista feita pelo Jorge Gabriel (Foto de A Praça da Alegria).
Repare-se no cavaleiro à direita - elemento das "Damas e Cavaleiros d' El-Rei" - devidamente trajado (só a cota de malha que lhe envolve a cabeça e parte dos ombros pesa à roda de 10 kg).
Tive oportunidade de, entre outras coisas, corrigir um erro que anda por aí fora divulgado, que é a Feira Franca de S. Mateus, em Viseu, "ser a mais antiga da Península Ibérica" (basta consultarem o "Dr. Google" para verificarem o disparate). Ora, se Trancoso "ainda" faz parte da Península Ibérica, é a sua Feira Franca de S. Bartolomeu mais antiga que a de S. Mateus em 118 anos e meio!
Para melhor dispor os dados, eis aqui a recolha documental e depois fazerem a subtracção: a de S. Bartolomeu de Trancoso foi criada por D. Afonso III em 8 de Agosto de 1273; a de S. Mateus de Viseu foi criada por D. João I em 10 de Janeiro de 1392.
Conforme tive ocasião de comentar e de comparar, é como se eu tivesse nascido antes do meu avô.
Não sei se a Feira Franca de S. Bartolomeu é a mais antiga da Península Ibérica, mas certamente é mais antiga que a Feira Franca de S. Mateus, que se diz ser a mais antiga da Península Ibérica.
O resto, são cantigas, que as leva o vento.