Há uns bons anos atrás, publiquei no jornal "O Crime" o regicídio que vitimou o rei D. Carlos e - a curto prazo - a própria monarquia. Tempos depois, deu-me para "compor" as imagens, começando propriamente por aquelas que estão quase no fim desse trabalho. Passados anos, vou encontrar estas quatro pranchas, ainda sem o "apagar do lápis", sem texto nos balões e legendagem (didascálias), mas que, mesmo sem elas, a leitura desta cena decorre (suponho eu) com inteira compreensão.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
AINDA A EXECUÇÃO DOS TÁVORAS
Página remodelada do trabalho inicialmente publicado e referido em post anterior, onde o formato e os enquadramentos "ganham" a mancha do romance gráfico (graphic novel), designadamente para publicações na ordem dos 17x24 cm.
É evidente que todo o desenho tem de ser refeito, alterado e ampliado, como é o caso do grupo de conspiradores, em número de dez, que se encontram nesta sala.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
EXPOSIÇÃO - JORGE MAGALHÃES E AUGUSTO TRIGO
Do Gabinete da Presidência e das Relações Públicas da Câmara Municipal da Amadora recebi este convite e é com agrado que, através dele, tomo a notícia desta exposição que o CPBD e o Município vão propor à visita do público, entre 23 de Junho e 26 de Agosto.
É tanto do meu agrado ver dois Grandes da BD portuguesa com os seus trabalhos em destaque, o argumentista e o desenhador, de quem guardo boas recordações e excelentes trabalhos, que, contra o costume, abri uma das poucas excepções neste género de divulgação no meu blog.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
A EXECUÇÃO DOS TÁVORAS
"A Execução dos Távoras" foi publicada no semanário "O Crime" entre 19 de Abril e 12 de Julho de 2001. Foi um trabalho que me levou a alguma pesquisa documental e gráfica, designadamente quanto ao traje da época.
Como sou daquele género de querer alterar o que já fiz, de vez em quando vou até ao arquivo, escolho um trabalho e "dou-lhe a volta".
A página que aqui reproduzo constitui meia prancha do original então enviado para publicação; ou seja, correspondia a meia página do jornal, uma vez que era publicada no sentido horizontal, o que significa que cada página inteira semanal envolvia quatro tiras.
Ao alterar - agora - o formato, dei liberdade às vinhetas de subirem e de alargarem, o que me dá grande gozo.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
MANGAS DE ALPACA em BD
Em 1986 a Bertrand distribui um livro meu intitulado "Mangas de Alpaca", que mais não era do que uma novela humorística, mas não em BD. Uns anos depois, há uns dez ou doze anos (não datei), tentei transformar esse livro numa BD, dando-lhe o mesmo cunho humorístico do original em texto.
Para tanto, confesso que segui o traço de Miguelanxo Prado, no que ele tem de caricato, tratando a cor à base de aguarela, com pranchas montadas em fundo negro. Fiz 16 pranchas e cansei, porque este não era o "meu" traço genuíno.
Encontrei as pranchas no arquivo e escolhi três das seis sobre um dos episódios do livro. Trata-se do episódio em que um funcionário público dos anos 70 vai a Lisboa para fazer um concurso de progressão na carreira e resolve dar um salto às "meninas", apanhando uma na Avenida da Liberdade.
terça-feira, 7 de junho de 2016
ENCICLOPÉDIAS ALEGRES (6)- IMPOSTOS
À primeira vista, poderia parecer, pela designação
desta contribuição ou imposto, que havia de incidir sobre todos os pedidos,
peitas e cunhas para tudo o que é possível debaixo da rosa dos ventos,
naturalmente – se tomássemos o exemplo dos tempos que ora decorrem – com uma
receita capaz de encher os cofres do Estado até deitar fora, tais e tal número
de contribuintes, se fossem identificados.
Acontece que o Pedido era um imposto extraordinário
que se lançava em cortes para acudir ao Erário (sem troicas, efe-eme-is ou
bê-cê-és) quando as receitas públicas ou o tesouro acumulado se mostravam
insuficientes.
É bom lembrar que à receita não acresciam as coimas e
multas por excesso de velocidade, falta de cinto de segurança, não exposição do
selo do seguro e o diabo a quatro rodas, alcavalas que estão a tomar a forma de
cabeça de cartaz das penalidades.
Apareceu no princípio do séc. XIV, reformulando as
primeiras derramas ou o Monetágio. A quantia a pagar era estabelecida de acordo
com os bens dos contribuintes.
Este imposto caiu em desuso, uma vez que os governos,
tanto da Monarquia como da República, deixaram de “pedir”, limitando-se a criar
outros impostos, taxas e alcavalas ou a aumentar as percentagens dos já
existentes.
Isto quer dizer que o imposto passou a ter outra filosofia
literal: em vez de pedir, exige-se.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
AS MINHAS CAPAS
Para além de escrever os meus livros e digitalizá-los, sejam eles de ficção ou de investigação social, etnográfica ou histórica, sou eu que me ocupo das capas. Depois de tudo concluído e montado, é só mandar para a gráfica e eles imprimirem, sem mexerem em mais nada. Este "faz tudo" ou quase tudo, tem a ver com a minha disponibilidade para editar e frequentemente distribuir as obras.
É o caso deste projecto de capa para uma obra que tenho entre mãos, uma de outras hipóteses que vou desenrolando através da imaginação para o assunto que é facilmente reconhecido.
As gravuras foram executadas com base em fotografias, que tomei como modelo, dando o arranjo que melhor achei para o fim em vista.
Das várias fases do trabalho até chegar ao produto acima (que necessita retoques finais), deixo aqui alguns pormenores.
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