Talvez seja por deficiência da minha parte, porque verifico existir alguma dificuldade em ter mercado para a banda desenhada que faço. Pelo menos, a que faço através de edições próprias.
Também pode significar que o mercado não esteja interessado na banda desenhada, talvez até na banda desenhada portuguesa - porque, diga-se em abono da verdade, os portugueses não costumam desenhar super-heróis - , satisfazendo-se o público com publicações importadas onde o desenho de tão primário se torna mero acessório do texto, e este, por vezes, sem se tornar acessório de coisa alguma.
Esta é a minha opinião, naturalmente não seguida pela maioria do público. Falo do público e não dos comentadores da área, a quem não atribuo importância alguma. Ora, como eu não constituo a maioria (procuro sempre os lugares menos preenchidos), e tenho direito a opinião, aqui fica.
Serve isto para dizer que desisto de publicar, pelas vias normais e editoriais, os meus trabalhos. Isso não significa que desista desta arte. Por isso, dedico-me a uma caseira arrumação dos trabalhos publicados, mormente os inseridos em jornais, em tiragens de "print on demand", devidamente tratadas com encadernação manual em capa dura. Só para amigos, só para apreciadores. E, natural e principalmente, para mim.
Como já venho, de algum tempo a esta parte, a alinhavar em novos enquadramentos os registos criminais publicados num semanário, pretendo compor as cerca de 800 páginas com os casos mais mediáticos do crime em Portugal desde todos os tempos, fazendo desta feita os dois volumes a encadernar com fio de nylon e em capa dura, de luxo (!).
Na abertura de cada "caso", há uma folha de rosto. Hoje apresento as páginas de rosto de três desses registos. Se me der na veneta, trarei mais nos posts sequentes.