Em 1986 estive doente e "caí" à cama durante quinze dias, aproveitando a convalescença da última das duas semanas para escrever uma novela. Essa mesma foi levada à estampa e distribuídos os seus 2.000 exemplares pela Bertrand. Não era banda desenhada; antes um livro de texto, de que nem sequer a capa era da minha autoria.
Ora, anos volvidos após essa publicação, em altura de defeso, decidi passar a banda desenhada algumas das passagens, uma vez que o livro - apropriado a uma adaptação teatral, dadas as suas características cómicas - tinha várias situações que colocavam em evidência algum funcionalismo público pós-25 de Abril.
Influenciado pelo traço caricatural de Miguelanxo Prado, "brinquei" com duas ou três dessas passagens, uma das quais tenho incompleta nas quatro pranchas acima e a outra, apenas o seu início na prancha a seguir.Nunca dei em publicar esta "brincadeira" desenhada retirada do meu livro, porque não completei em banda desenhada o que corresponde ao texto dese livro, justamente intitulado "Mangas de Alpaca", todo ele pleno de humor (na minha opinião), onde não faltou a cacofonia dos nomes e apelidos sob pronúncia (exemplo: Amilcar Alho).
Lembrei-me de trazer isto aqui pelo prazer que me dá publicar o impublicável, por forma a justificar o trabalho que me levou a fazê-lo. Sempre admirei o traço do Prado e quis, desta forma, imitá-lo.
Mais me rendeu imitar o traço de Morris na RTP, onde 5 minutos a desenhar o Lucky Luke e os Dalton me rendeu, em 1988, cerca de 400 contos.
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