Na postagem anterior, referi-me a trabalhos que vou fazendo para publicar "por mim próprio", uma vez que sou também editor (autor-editor) e estou inscrito na APEL (Asociação Portuguesa de Editores e Livreiros).
Ora, tenho de dizer que nem todos os trabalhos publicarei, porque: uns estão incompletos e acabou-se a pachorra para os concluir; outros não têm mercado que os absorva - e eu não abdico de edições abaixo de meio milhar de exemplares ( emprego a palavra "milhar" porque ainda há quem a confunda com "milhão"); outros não me é permitido publicar, porque há direitos que têm de ser respeitados... E eu respeito-os.
No último caso está "O Malhadinhas", obra que orcei em cerca de 230 pranchas e das quais concluí 114. Os direitos estão com a Bertrand e eu, que lhes comuniquei o trabalho, nem sequer recebi resposta apreciativa ou depreciativa, mesmo sequer se tinham recebido a proposta e, caso afirmativo, se alguém a leu antes de a eliminar com um mero clic.
As quatro pranchas acima - que ilustram a cena da taberna - não tem qualquer tratamento digital, foi toda realizada em papel, com as legendas coladas. Acontece que, uma parte do trabalho, cerca de 20 pranchas, levei-as ao computador para colorir e o resultado não me agradou de todo. O exemplo a seguir é um dos vinte.
Este meu blogue é, por assim dizer, a montra daquilo que fiz, do que faço e do que vou fazendo, como se se tratasse da catarse de obras que condenei e me condenaram a um mero exercício de paciência e prazer, de que não abdico, quer sejam ou não passadas ao prelo.
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