Depois da publicação dos 2 primeiros volumes, cada um com 206 páginas, tenho prontos para a gráfica os 3º e 4º volumes com 206 páginas.
A capa do 4º volume, para alertar os que menos atentos poderão estar aos meus post's, possui o desenho que eu inseri na contra capa do meu mais recente romance policial. A razão é simples: neste quarto volume está o conto que deu origem ao romance, com a mesma passagem que a capa ilustra.
Deste quarto volume reproduzo o prefácio.
Este é o
quarto volume da série de contos que eu fui publicando ao longo do tempo, em
revistas e em jornais, com alguns inéditos e outros retirados a obras que não
cheguei a dar ao prelo.
Neste livro
consta um conto de género policial – muitos preferem dizer policiário – que é
um dos inéditos inicialmente proposto para um romance e que transformei num
conto, que tem por título “Um Caso de Adultério”, amputando e corrigindo grande
parte da ação.
O Conto “A
Bandoleira” é baseado numa figura real, recolhida na imprensa da época e que eu
decidi trazer aqui embrulhada em ficção.
A maioria dos
contos continua a provir desse manancial que produzi durante mais de um
decénio, a pretexto de novelas românticas, para uma revista feminina com certa
regularidade, de tal forma que foram publicados 138 contos ou histórias de
amor, em outros tantos números daquela revista, então uma das de maior tiragem
no País, com uns invulgares 400.000 exemplares de tiragem, em média, por
semana. Acontece que, a este volume, resolvi trazer o primeiro com que encetei
essa colaboração, em dezembro de 1990 e a que dei o título de “Aconteceu no
Egito”.
“A Bruxa” faz
parte de um original inacabado, que pretendi dedicar a uma figura lendária: o
João Tição da Fonseca, guerreiro português do séc. XII, enquanto “O Crime de
Ana das Dores” foi um capítulo que resolvi expurgar ao meu livro publicado com
o título “O Padre Costa de Trancoso”, que vai na 5ª edição.
Hão de
reparar que há oito contos que têm como protagonista um narrador na primeira
pessoa. Isso não quer significar que seja eu, autor, a narrar factos da minha
vida ou que tivessem acontecido comigo, nem que esse “eu” respeite a uma única
personagem que se repete nessas oito narrativas. No entanto, dizer que eu, o
autor, não se identifica com aquele ou aqueloutro personagem, é extirpar de mim
aquilo que eu sou, quer na ousadia, nas circunstâncias e na liberdade que eu
fruo no dia a dia como cidadão e como pessoa.
Já escrevi
romances, ensaios, monografias, estudos históricos e regionalistas, mas nenhum
me deu e dá tanta amplitude criativa como este género de literatura que agora
vos apresento. Trago para o palco da obra muitas dezenas de personagens que se
ficam pelo compartimento do título onde gravitam, mas dou-lhes a liberdade de
questionarem o autor: ou porque as destrato; ou porque evidencio os seus
defeitos; ainda porque as faço sofrer (o que também me dói); finalmente porque
coloco um fim inesperado, imprevisto e, quiçá ainda, em contrassenso. Há ainda
a considerar que, no conjunto dos volumes publicados e a publicar, percorro
todos os continentes da Terra, incluindo os oceanos, com povos e costumes,
sítios e gastronomia de cada uma das regiões, o que me levou a uma constante
busca em revistas especializadas para colher dados que, de outro modo não
teria, uma vez que, ao contrário das minhas personagens, nunca lá pus os pés.
Apesar de num
ou noutro caso ter como “chave” ou “semente” da ação algumas situações reais e
figuras que as desempenharam, tive o cuidado de alterar o que me deu na real
gana modificar, de sorte que em nenhum deles pode existir cotejo com eventuais
situações ou pessoas reais.
Repito ainda
o que disse nos anteriores três prefácios. Para esta recolha, optei eu próprio
por ilustrar todos os contos, desenhando os pórticos um por um com base no
escrito e na ação. O mesmo fiz com a capa, naturalmente ilustrada com a imagem
de pórtico de um dos trabalhos, escolhida e colorida aleatoriamente.
Santos
Costa
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