O Geraldes Lino é, sem dúvida alguma, um dos mais entusiastas e persistentes animadores e divulgadores da Banda Desenhada em Portugal. Incansável, sempre presente em tudo o que transpire BD, não deixa de ousar ir sempre mais longe, em desafios inéditos que congregam autores nas mais
inesperadas realizações editoriais.
É o caso dos enormes (em altura, largura e qualidade) fanzines EFEMÉRIDE, onde tive o privilégio de ser convidado para participar em dois números. Num desses números, o que havia de imaginar o Lino para comemorar condignamente a efeméride da primeira publicação do Príncipe Valente (1937)?
Convidou autores portugueses para elaborarem "pastiches" onde aparecesse essa sempre viva e grandiosa personagem criada por Hal Foster.
Eu aceitei o desafio - até porque recusar um pedido do Lino é um pecado capital - e vá de participar no tema - Príncipe Valente no Século XXI - emparceirando na publicação com mais 21 desenhadores, sendo a capa do talentoso e inesquecível Carlos Alberto.
É claro que eu, colocando o Príncipe Valente em Trancoso, contribuí modestamente para a obra, acompanhado pelos maiores vultos da banda desenhada portuguesa - Pedro Massano; José Garcês; José Ruy; Ricardo Cabrita; Baptista Mendes; Manuela Torres; Augusto Trigo e Irene Trigo; João Amaral; Rui Pimentel; Zé Manel; José Abrantes; Zé Paulo; Carlos Marques; Nazaré Álvares; Pedro Castro; António Salvador; Pedro Nogueira; Álvaro; Renato Abreu; Paulo Monteiro e Susa Monteiro - com paginação e design de Jorge Silva.
É um álbum precioso, que o Lino tratou de editar por ele, com data de 2007.
É uma homenagem ao Geraldes Lino, ao Hal Foster e aos Desenhadores que colaboraram nesta obra, que hoje publico este post.
Acima vão as três tiras da minha autoria, estas com algumas alterações de lettering em relação ao original.
Para além de Val e de Aleta, tratei de compor a imagem do sapateiro com o rosto do Lino e não deixei de colocar o próprio Autor do cavaleiro medieval como vendedor de automóveis! A Banda Desenhada, como sonho de fazer e sonho de ler, permite-nos coisas extraordinárias.
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