Foi neste sábado passado, dia 3, que decorreu, na Aula Magna do IPV de Viseu, a 25ª Edição dos Prémios da Revista ANIM'ARTE, relativos ao ano de 2016. Estes galardões são um reconhecimento público do trabalho realizado por todo o tipo de agentes culturais, institucionais e desportivos.
Na breve intervenção que tive o ensejo de proferir, para além de agradecer ao Júri a distinção, bem como à promotora revista ANIM'ARTE do GICAV (Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu), achei por bem realçar e prestigiar esta forma de arte comunicativa (que se diz 9ª arte quando, de facto, foi a 1ª, precedendo a escrita, uma vez que na pré-história se narrava através da sequência desenhada), contando até um breve episódio que se passou comigo.
Numa ocasião em que fui apresentado a uma figura pública como um autor de livros, mormente de ficção e de História, incluindo também obras de banda desenhada, a figura arqueou as sobrancelhas e inquiriu, dirigindo-se-me com alguma perplexidade:
- O senhor faz banda desenhada! A sério?...
Eu respondi:
- Não. Apenas faço banda desenhada, a brincar; os leitores é que a levam a sério.
Sobre o desenho e a escrita, achei por bem dizer que o próprio A que consta do galardão começou por ser o desenho fenício da cabeça de um touro (o Aleppo sírio, que corresponde ao aleph do alfabeto hebreu, etrusco e romano/cirílico) antes de se transformar na primeira letra do alfabeto latino.
Reparem bem na forma em V da cabeça de touro, atravessada pelos chifres,
com evolução através dos tempos de forma a rodar e ficar como hoje a encontramos.
É caso para dizer que, quando escrevemos, estamos a desenhar figuras de animais e objectos do quotidiano ancestral.
Ilustro esta informação com uma fotografia do troféu e uma outra, tirada pelo meu amigo Agostinho Barreiros, através do telemóvel.
Caro amigo Santos Costa essa distinção e prémio atribuído é mais que justo e merecedor pelo brilhante trabalho publicado e todos o teu percurso de vida em prol da divulgação das terras da Beira Interior. Boas Caminhadas, Inácio
ResponderEliminarCaríssimo João
EliminarO brilho do meu trabalho, como dizes, é tal qual o do sincelo, que tão bem conheces: é fugaz e apenas para a visão, se bem que o do sincelo é superlativamente superior e ultimamente pouco aparecido.
Considero esta distinção como prémio pelo trabalho constante neste "ramo" da comunicação gráfica, tanto mais que me prestigia por ter sido atribuída pelo GICAV, uma entidade que promove há 25 anos este certame com grande dignidade e persistência.
Quanto às caminhadas, tirante as minhas corridas, a solo, no parque e nas madrugadas mais quentes, só as faço sentado, lugar onde palmilho, pela digitalização, lugares de Ceca a Meca. Ainda se eu tivesse a pedalada do Dr. Francisco Coelho ou do Valverde e me pusesse a percorrer toda a Nacional 2!
Um grande abraço
Santos Costa
Amigo Santos Costa, muitos parabéns. Apesar de ter contacto com a sua obra há menos de um ano, e de o conhecer há apenas alguns meses, fico muito satisfeito por ver o seu trabalho (espero que prazer, também), distinguido mais uma vez.
ResponderEliminarPelo meu lado, fico a aguardar novas publicações.
Um abraço
Luis
Amigo Luís
ResponderEliminarAgradeço-lhe a atenção, não sou por ser - como diz - um leitor da minha obra, como pela grata demonstração de amizade, bem expressa neste comentário.
Relativamente às novas publicações, espero dar continuidade ao Magriço em BD (e, nessa continuidade, com mais cuidada revisão), bem como publicar, ainda no âmbito desse segmento, o "Atentado a Salazar", refazendo e ampliando o trabalho que, em tempos, publiquei num semanário.
De qualquer forma, terei oportunidade de, aqui mesmo, trazer essas novidades, ante ou após a publicação.
Um grande abraço
Santos Costa
Onde escrevei, logo na primeira linha, "não sou por ser" deve entender-se "não só por ser".
EliminarHei-de abrir uma loja de gralhas!
Caríssimo amigo Santos Costa
EliminarPor vezes as distinções também são atribuídas a quem de facto merece.
O amigo vive em simbiose constante com a escrita e com o desenho. Aprecia o que faz.Engrandece a arte.
Receba um grande abraço deste seu grande apreciador.
José Avelino
Dr. José Avelino
EliminarCaríssimo Amigo
Como eu sempre digo, nesta questão dos "dois amores" - à escrita e ao desenho - chego à conclusão que não sou fiel a nenhum. Mas sim, aprecio o que faço no sentido de gostar do que faço, às vezes até um pouco narcisista,à guisa de esconder as fragilidades.
Receba um grande abraço de gratidão
Santos Costa