Eu gosto de desenhar automóveis. Com três ou quatro anos de idade desenhava comboios e automóveis, obviamente tão estilizados como o são os desenhos de crianças dessa idade e de alguns autores vanguardistas que querem fazer da BD uma "picassada" modernista.
Por isso, a peça que hoje levo a este meu espaço de arquivo. Sim, porque é um arquivo que eu disponibilizo a quem o queira ler ou ver, sem me importar se são muitos ou poucos, se apreciam ou
vilipendiam o estendal que aqui deixo ao "relento".
Como gosto de desenhar automóveis, o paradoxo é pretender desenhá-los em fim de vida - vulgo sucatas - tendo-o feito em algumas BD's.
É o caso desta prancha de vinheta única, que hoje aqui coloco, perdida entre outros papéis, pois que perdida a função que ela tinha na série que desenhei sob o título genérico "Se o meu carro falasse...".
Trata-se de um trabalhosem retoque final, executado com marcadores de diversas espessuras.
Um automóvel abandonado tem muitas histórias para contar.
Quando as vemos perdidas e abandonadas num espaço isolado ou em parque de sucateiro, há ali uma nostalgia que me prende particularmente a essas viaturas e imagino as alegrias dos seus proprietários na primeira viagem que fizeram com elas, os amores e desamores passados nos seus habitáculos, as peripécias e as contravenções, naturalmente assacadas à fragilidade humana, ao longo de milhares de quilómetros.
Voltarei com outros automóveis em artigos que intercalarei, porque para além de fazedor deste blog, sou o seu assíduo leitor.
Olá Santos Costa,
ResponderEliminarComo não me enviaste o e-mail, venho dizer-te aqui sob a forma de comentário que, afinal já não vou a Tondela no dia 7. Hei-de lá ir, mas, por enquanto, ainda não tenho uma data definida. A única que está é em Coimbra na Dr. Kartoon no dia 13 à tarde. Mas sei que isso já é muito longe, contrariamente a Tondela. Entretanto e já que estou a comentar, devo dizer-te que tens aqui coisas muito interessantes em diversificados estilos, como é o caso destes automóveis recuperados. Grande abraço.
Carissimo João Amaral
EliminarAcabei de te enviar o e-mail, justificando o atraso.
Relativamente à obra que agora trazes a Público, terei certamente oportunidade de a ela me referir neste meu modesto blog. Não o fiz há mais tempo, anunciando-a, porque receei publicar as imagens "sacadas" de outros blogs e sem a autorização do editor.
Repito o que já disse no teu próprio blog e noutros: arrojaste, mais uma vez, trazer a BD para a ribalta, elevando-a de tal forma, que lhe conferes a maioridade com esta excelente obra do Saramago. Só um autor com grande clase, como tu tens evidenciado, conseguiria esta qualidade gráfica e nível de adaptação.
Desejo, pois, sinceramente, os maiores êxitos editoriais para "A Viagem do Elefante" e um grande futuro para ti, nesta tão difícil e
pouco compreendida, forma de cultura, que é a Banda Desenhada.
Um grande abraço