Pois ele aí vem…
Aproveito o “press release” para deixar aqui a
pré-notícia do lançamento.
Decorrerá no auditório do Pavilhão Multiusos de
Trancoso, pelas 16,30 H do dia 7 de Dezembro, o lançamento do livro “A MULHER
QUE SABIA TUDO”, da autoria de Santos Costa, escritor e investigador de
Trancoso. A obra será apresentada pelo Dr. Fernando de Jesus Anciães,
ex-director distrital de finanças da Guarda.
Trata-se de um livro de ficção, caracterizado como
policial, que pretende também promover a imagem expedita dos funcionários dos
impostos, neste caso os inspectores tributários, uma vez que o personagem,
envolvido acidentalmente numa investigação criminal, acaba por descobrir os
culpados. Ora, o que tem isto de difícil, sabendo que a inspecção tributária,
que se manifesta na descoberta de crimes fiscais, consegue detectar casos mais
intrincados nas escritas mais abstrusas e dissimuladas?
Disse um anterior director geral dos impostos (que
é agora ministro da Saúde), numa reunião que teve, em Lisboa, com os chefes dos
serviços, o seguinte: "Até ser director-geral desta casa, não sabia que
alguém pudesse fazer várias coisas ao mesmo tempo. Os funcionários dos
impostos, podem."
O livro está escrito com um humor sadio e
desenvolve-se a um ritmo frenético, pois o seu enredo tem lugar na actualidade.
Em “A Mulher que Sabia Tudo”, Santos Costa dá largas à imaginação e percorre,
com o seu “colega” de profissão, uma teia de encontros e desencontros,
verdades, meias verdades e mentiras, para levar a personagem a uma conclusão: a
mulher sabia tudo. Não seria para admirar, pensará o leitor após a leitura do
livro, pois, por vezes, as mulheres até sabem demais (esta expressão foi
oferecida pelo meu Amigo Jorge Magalhães).
Olhem, é o primeiro livro policial deste autor que
assina também neste blog...
Um
sequestro, um morto, uma mulher bonita e uma estação do metro, são os
ingredientes iniciais para um funcionário das Finanças se ver enredado numa
teia que nada tem a ver com impostos. Pelo meio, um intrincado naipe de
suspeitos de um crime, cujos predicados não formavam um concentrado de bondade,
a que não faltou uma frenética busca de luxúria, volúpia e êxtase.
Ao
investigar a morte de um rico industrial e de uma tentativa frustrada de
assassinato, naturalmente fora do âmbito das suas faculdades profissionais, mas
forçado pelas circunstâncias, o trabalhador dos impostos viu-se a interrogar
uma série de suspeitos. Teve de recorrer a alguns subterfúgios e outras manhas,
que não constam dos compêndios da arte de tributar, e correu o risco de
abandonar a cena numa maca do 112.
Tudo começou
num dia em que a meteorologia previa céu muito nublado e aguaceiros. Para o
nosso técnico fiscal, armado em detective policial, aquele não tinha sido um
dos seus dias felizes. Envolvido nesta aventura, o inspector tributário,
expondo o corpinho ao manifesto, podia gabar-se de ter sido parvo uma vez na
vida… e foi esta. Parvoíce que o sujeitava a pagar um preço muito alto, com IVA
incluído.
Para quem aprecia a simbiose da música com a
escrita, ouso recomendar a canção HURRICANE dos “Thirty Seconds to Mars”, encontrada, por exemplo, aqui - http://www.youtube.com/watch?v=BQJpSUEpuRg.
É esta que eu enquadro nesta minha obra de ficção.
Para os que não receberam convite – e nem é preciso
recebê-lo ou apresentá-lo, mesmo para o coffee-break – deixo-o também pregado
nesta página.
Magnífica capa, amigo Santos Costa, visual e graficamente tão apelativa como algumas que me lembro de ver nas melhores colecções policiais que se publicaram neste país. Espero que o formato também faça reviver um pouco essa nostalgia que não desapareceu, mesmo com o fim da Colecção Vampiro.
ResponderEliminarNão poderei estar presente na apresentação, o que lamento, dada a distância e alguns problemas de saúde, mas auguro desde já, pelo que a sinopse deixa entrever nos seus meandros, uma boa surpresa para os amantes do policiário e uma estreia auspiciosa de um novo romancista (já com muita tarimba noutros géneros).
Um abraço do
Jorge Magalhães
Agradeço-lhe muito este seu comentário, Jorge Magalhães, tanto mais que provém de quem sabe deste ofício, muito mais do que eu; e pela sinceridade e frontalidade que sempre lhe reconheci, como pessoa, como intelectual e como editor,quer a elogiar quer a criticar.
ResponderEliminarA capa é bonita. Resultou da imaginação do departamento criativo da editora, com a minha concordância (à primeira) depois de me apresentarem o layout.
Relativamente ao conteúdo... Ai!...
Um livro policial deve ser das coisas mais difícies de fazer - pelo menos em condições - pois os pormenores contam em todo o circuito da obra. De diletante, quis ir "além da chinela" e temo que, sem ter recorrido a alguém experimentado no ofício, haja caído em pormenores que não encaixam na trama e no desenlace da chave. Bem aventurados os que conseguem urdir uma obra deste género, nada fácil de elaborar, sem qualquer mácula nos pormenores!
Há uma espécie de metáfora no Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, que eu trago aqui, para ilustrar esta minha tentativa de "policiarista":
"Todos nós, que sonhamos e pensamos, somos ajudantes de guarda livros dum Armazém de fazendas, ou de qualquer outra fazenda, em uma Baixa qualquer. Escrituramos e perdemos; somamos e passamos; fechamos o balanço e o saldo invisível é sempre contra nós."
Um abraço
Santos Costa