Como não tenho grande tentação de os deixar todos anunciados aqui - e parece que no Depósito Legal nem todos constam, onde até se chegou a juntar a minha obra com a de outro homónimo já falecido - paulatinamente irei expondo aqueles que me vierem à mão, tal como as mouras das lendas que vinham colocar ao relento as toalhas nas madrugadas de S. João.
É o caso que agora exponho, por ser a segunda publicação e a primeira em forma de livro, classificada como tal.
Título: Maltratados Sedentos e Famintos
Edição: do
Autor – EA
Classificação:
Contos
Formato: Livro;
14,5 x 20 cm
Número de
páginas: 114
Data: 1976
Gráfica:
Tipografia Mondego – Celorico da Beira
Trata-se do meu segundo trabalho publicado e este em
forma de livro. Caracteres móveis, na mesma tipografia onde era impresso o
jornal O CASTELO, mensário que fundei
e dirigi em Trancoso, de que saíram sete números.
É das únicas obras em que me identifico com o nome e o
sobrenome e uma das duas em que inseri a minha fotografia na contracapa. A capa
foi desenhada por mim, assinada e datada com o mesmo ano da publicação. Foi
impressa a 3 cores, sendo a gravura a preto, o título a laranja e o nome e
tarja sobre a gravura a azul. Tem lapela de capa e contracapa de 25mm.
Na contracapa coloquei, sob a fotografia tipo passe,
um poema de minha mulher e umas palavras que serviram de entrada aos contos
onde disse: “De um lado os pobres, os
humildes, famintos, sedentos e maltratados; do outro, os ricos, os opressores,
os saciados, mas sedentos do poder e da força; entre os dois, os espectadores
da vida, que não sentem nem uma coisa nem outra”.
Integra
os seguintes contos: A Aldeia – Mais Natal – Velho e Filósofo – Dia de Feira –
O Ferro Velho – Sua Excelência – Uma Esmola e uma Lágrima – Aquela Professora –
Pele de Diabo – Mais Medo que Cobardia – O Comboio – O Coveiro – Estudante – O
Avarento – Ambição ou Pressentimento? – O Calhambeque – O Burro – Quem quer
Vai, Quem não quer… - A Taberna – Amarás o teu Próximo – Quando as Armas
Queimavam as Mãos – Lembrança – Crónica de um Caso.
O conto Amarás o teu Próximo, foi publicado no
jornal Notícias da Beira de Mangualde
em episódios.
Este
livro não teve distribuição comercial, nem coragem tive para o vender. Por
isso, grande parte da edição foi destruída, sendo oferecidos alguns exemplares
a conhecidos e pessoas de relações cordiais.
Fiquei, no entanto, com uma pequena reserva, no respeito pelo labor e despesa,
bem como na forma como foi conseguido o trabalho gráfico, todo ele manual e de
forma quase artesanal, muito embora o seu aspecto gráfico e final, como livro,
seja de boa qualidade.
Qualquer
dia tenho de reler esta obra, fruto de um desejo de querer comunicar, ainda que
sob a influência de algum amadorismo.
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