segunda-feira, 20 de julho de 2015

OS "MALTRATADOS" E AS "CRÓNICAS"




Poderá alguém dizer - e ainda não disse, mas talvez pensasse - que este blog é um bocado narcisista, uma vez que o seu autor costuma fazer o mesmo que as mouras das lendas faziam nas madrugadas de S. João: estendiam os seus tesouros ao relento; eu, tal e qual, estendo as minhas obras no relento da blogosfera.
Quando criei o blog era para "malhar" na política e exercer uma crítica, tanto quanto fosse necessário, severa. Optei por não fazer uma coisa nem outra; antes, enveredei por aquilo de que gosto - a literatura e os desenhos.
Não quero com isto dizer que não publique sobre terceiros (e, para tanto, aguardo sempre que estes me incitem a isso), não o fazendo a esmo porque, sem ser crítico, não é meu hábito criticar; e sem autorização dos autores e editores, não coloco imagens para as quais estou impedido pelos direitos de autor. Com isto, não brinco.
Depois do arrazoado, tomai lá mais do Santos Costa (como de si disse o Alexandre O' Neill), que são as duas obras com as capas supra. Constituem elas os meus primórdios, pois são, respectivamente, a segunda e a terceira publicação que fiz - a primeira, intitulada "A Revelação", falarei dela depois.
Os "Maltratados, Sedentos e Famintos" foram publicados, em auto edição, em 1976, depois de impressos numa tipografia antiga (com caracteres móveis de chumbo), mas o trabalho saiu perfeitíssimo. Presumo mesmo que foi o primeiro trabalho, no género, que executou essa gráfica de Celorico da Beira, mais vocacionada para jornais. Mas, repito, tomara muitas gráficas de hoje, com os meios que dispõe, fazer obra tão bem acabada como esta.
Trata-se de um livro de contos com 114 páginas de texto, com algumas gravuras, assinado com o meu nome e sobrenome (a única vez em que o fiz deste modo).
As "Crónicas do Arco da Velha" surgiram impressas, em 1985, com uma tiragem de 2.000 exemplares, que foram distribuídos e bem vendidos por todo o País através da Bertrand. A gráfica que executou esta obra foi a, agora extinta, Tipografia Guerra (Viseu).
Trata-se de um livro de crónicas e contos, com 182 páginas. Entre os contos, figura um que venceu o 1º prémio da RTP (1975), aberto através do programa "Os Homens, os Livros e as Coisas", e um outro que venceu o 2º Prémio em concurso aberto pela Junta Central das Casas do Povo (1978), que teve um júri constituído pelos escritores José Gomes Ferreira, Maria Velho da Costa e Álvaro Salema.

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