terça-feira, 14 de maio de 2013

LUCKY LUKE NO SÉCULO XXI


Para o álbum "HERÓIS DE BD NO SÉC. XXI", organizado pelo Geraldes Lino, foi-me proposto - e se não fosse, eu próprio escolheria - a personagem do Morris, Lucky Luke.
Dese trabalho, em uma prancha, que só caberá ao organizador divulgar, deixo aqui uma vinheta não colorida. O cow-boy visita Washington... O resto está nas restantes vinhetas.
A imitar uma prancha de Lucky Luke na RTP1, num concurso que decorreu há uns anos, consegui um prémio bem chorudo. Tratou-se de ampliar a prancha de modo a ter a altura de uma parede, em apenas 5 minutos, com o álbum à vista e da escolha da produção.
Depois de ter colocado o post, lembrei-me de levar o desenho ao "photoshop" e pintá-lo. O original, que remeti ao Lino, foi pintado a aguarela.
Para as legendas em computador, é necessário fazer certa ginástica, como foi o caso da fala do cow-boy, que exigiu acerto no balão.

19 comentários:

  1. Essa vinheta está muito boa, nem precisa de cor!
    :D

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    1. Obrigado, Nuno
      Entretanto, sem ter lido o teu comentário (pois estava a pintar o desenho do computador), fiz o acrescento com a vinheta colorida.
      Acrescento que, na prancha, vai aparecer o Obama.
      Abraço

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    2. Em relação à vinheta pintada, se calhar não era mau mudares um pouco o tom de amarelo da moeda, pois confunde-se com o amarelo da camisa!
      De resto está bem sim!
      ;)

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    3. De facto, o amarelo da moeda era comumente empregue em BD, geralmente em banda desenhada deste género, porque surgia para afirmar a moeda de ouro, o que caiu em desuso, salvo as libras inglesas que são vendidas a...preço de ouro.
      No original que mandei ao Lino, seguiu o amarelo em aguarela, aproveitando a mesma pincelada da camisa e das crinas do Jumper. Repeti a dose no computador.
      O original foi feito em duas folhas A4, prancha A e prancha B (o Morris utilizava duas folhas A3), que se juntam para formar as quatro tiras e a prancha/página. Só que o meu scanner não tem capacidade para passar de uma só vez uma folha A3, tendo esta de ser reduzida para A3 ou, como no caso, e desdobrá-la em duas.
      Como esta BD tem uma única página, numa próxima oportunidade irei colori-la em photoshop e, então, lá tirarei um pouco de cor ao amarelo ou, para utilizar a cor da moeda americana, um prateado a condizer.
      Não divulgo agora o todo (a não ser esta vinheta), porque cabe ao Lino essa tarefa, da forma como ele entender.
      Já sabes. Agradeço não só os teus comentários mas também os teus reparos.
      Abraço
      Santos Costa

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    4. Basta alterares o tom para mais escuro ou mais claro!
      Ainda bem que não te chateias!
      ;)

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  2. Muito bom este "gémeo" do Lucky Luke, tão fiel ao original. E o Jolly Jumper também está um "regalo".
    É a primeira vez que vejo um desenho seu do género humorístico. Parabéns!
    Um abraço
    Jorge Magalhães

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    1. Caríssimo Jorge Magalhães
      Agradeço a sua apreciação, porque vem de um homem ligado à Banda Desenhada e à Literatura, tão importante da área da edição como nenhum outro que eu conheça e que se equipare aos seus conhecimentos da Arte.
      Fiz um "pastiche", imitei segundo o padrão do autor; daí, muitos dos continuadores da obra de autores falecidos, à excepção da série Tintin, "entrarem" no estilo e no traço do original para a continuidade. É evidente, como sabe, que isto só acontece com autores consagrados, cuja obra deve prosseguir.
      Eu não tenho grande apetência e capacidade para este género de desenho, que exige grande criatividade e sentido de humor. Por isso, tenho mais facilidade na imitação, ainda que recorra a argumento próprio e à "animação" dos bonecos do autor.
      Foi assim que consegui cerca de quatrocentos contos a imitar, perante as câmaras da televisão, uma prancha de Morris, ainda não tínhamos entrado nos anos 90 do passado século.
      Embora conte no currículo muitos livros publicados - cinquenta e três, entre os quais 9 álbuns/livros de BD - tenho apenas um (ainda não concluído) que é uma adptação de uma minha obra literária que também não publiquei, talvez pelo anátema que lhe deitei, visto não ter conseguido, com ela, vencer o primeiro prémio literário do Círculo de Leitores.
      Enfim, tenho mais facilidades em escrever, mas a apetência é o desenho, ainda que, quanto a este, por vezes me aconteça como a Aquilino: quiz fazer uma gamela, saiu-lhe um tamanco.
      Um grande abraço
      Santos Costa

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  3. Caro Amigo,
    Você deve ser um dos poucos desenhadores que podem gabar-se de, com um "pastiche", terem ganho um prémio tão avultado... ainda por cima num concurso de televisão!
    Já sabia que, como autor, tem um currículo de respeito, mas essa de deitar anátemas às suas próprias obras nem ao Aquilino lembraria!
    O facto de não ter ganho o 1º prémio do Círculo de Leitores não justifica que esse livro inédito não tenha méritos suficientes para ser publicado, na sua versão original. Até porque, como nós sabemos, há prémios e prémios... e muitas vezes as melhores obras a concurso não são as que merecem os favores do júri.
    Um grande abraço,
    Jorge Magalhães

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  4. Jorge

    Agradeço-lhe a confiança que tem no meu trabalho, mas não direi que esse merecia o primeiro prémio, pela simples razão de que não vi(li) as restantes obras a concurso; apenas li - perdão, li parte, porque a restante nem debaixo de armas - essa obra vencedora. Sobre esssa, apesar de ser suspeito na avaliaçãp, não tenho qualquer dúvida. Sobre essa obra, esta minha opinião foi coincidente com uma das editoras da mesma
    Casa, que não esteve no júri.
    Tal como na pintura e na moda, a ficção portuguesa (e não só a portuguesa) seguem determinados modismos, de que é exemplo a "profundidade" psicológica e poética que certas obras reunem para serem publicadas e vencedoras de grandes prémios. Eu continuo a preferir uma boa obra literária, que tenha enredo, boa e escorreita escrita e diga mais do que simples palavreado e fraseado metafórico ou poesia "light" passada a prosa que, depois de corridas duas dezena de páginas, tem a força de dois comprimidos Xanax e equiparada à leitura de um anuário de estatísticas.
    Há correntes na BD que a querem levar para esse campo, com obras "experimentais" que se assumem como produto final e que de Bd apenas têm uns desenhos rabiscados num único quadro de cada página, sem leitura, sem conteúdo, sem interesse. É arte abstracta, pura. Desta, já fiz menção de dizer o que tinha a dizer ao dr. Pedro Moura o que achava, sem que a minha opinião tivesse a pretensão de preponderar sobre os gostos de quem aprecie tal género.
    Confesso que adaptei, ao fim de mais de duas décadas, as primeiras 20 páginas do meu livro a BD, e essas poderei deixar aqui, em breve. Estão a preto e sem tratamento final, mas dá para ver.

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  5. Na segunda linha do segundo parágrafo, onde está "seguem" deveria constar "segue", uma vez o singular relaciona-se com "ficção".

    Um abraço, Jorge.

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  6. Volto ao comentário para reparar, na segunda linha do segundo parágrafo, "seguem" por "segue", uma vez que se relaciona com "ficção".

    Um abraço, Jorge

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  7. Estou inteiramente de acordo com o seu comentário, no tocante aos caminhos seguidos por certa ficção literária que por aí anda... e também quanto à arte abstracta que parece ter criado raízes em muitas obras de BD ditas experimentais ou alternativas (mas o "fenómeno" não é tão recente como isso, já nos anos 70 esses "modismos" começaram a impor-se).
    A boa e escorreita tradição literária, como você refere, e a BD que conte histórias de forma inteligível, em vez de alinhar imagens abstractas e textos com pouco conteúdo (o que não quer dizer que não haja excepções dignas de elogio), parecem ter os dias contados, pelo menos por estas bandas. Lá fora, noutros países, como a França e a Itália, ainda vão aparecendo boas novidades para quem não perdeu o gosto estético e o prazer da leitura. E alguns novos desenhadores até me conseguem surpreender e fascinar!
    Cá fico à espera que nos revele essas páginas que adaptou do seu livro.
    Um grande abraço,
    Jorge Magalhães

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  8. Caro Santos Costa

    Apreciei o teu diálogo com o nosso comum amigo Jorge Magalhães.

    Quanto ao "pastiche" que fizeste dedicado ao herói que "dispara mais rápido do que a própria sombra", referes o pormenor de eu te ter convidado a fazeres a bd dedicada a essa personagem.

    É verdade. Mas gostaria de esclarecer que o fiz excepcionalmente contigo, porque em relação às várias dezenas de colaboradores da obra colectiva "Heróis de BD no Século XXI" deixei a escolha ao gosto deles próprios.

    E qual o motivo dessa excepção? Porque conhecia o episódio passado contigo no concurso da RTP1 que descreveste no início do "post", pois já mo tinhas contado.

    E como ninguém se tinha oferecido para fazer o Lucky Luke, ao invés, por exemplo, do Astérix, que houve cinco autores que o parodiaram, ao convidar-te para colaborares no fanzine Efeméride, sugeri-te de imediato que aproveitasses essa tua facilidade em imitares o Morris.

    No que concerne ao facto de teres mostrado uma vinheta da tua prancha neste teu blogue: já tínhamos falado a esse respeito, mas fiquei com a ideia de que tinhas afixado a prancha toda.
    Agradeci-te a correcção da tua atitude, e até te disse que o facto de ela ficar desde já patente publicamente, tal poderia funcionar como um "teaser".

    Por isso, sendo a prancha tua, tens todo o direito de a mostrares na totalidade.

    Grande abraço.
    GL

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  9. Santos Costa

    Depois de dar uma volta pela blogosfera bedéfila, volto cá.

    Ainda para focar esse pormenor de os autores, que são em simultâneo blógueres, mostrarem a prancha que fizeram para a obra colectiva "Heróis de BD no Século XXI", a publicar no meu fanzine "Efeméride", mas ainda antes de ele ser editado.

    Um dos colaboradores é o meu amigo, de longa data, Luís Diferr (fomos, há bastantes anos, juntamente com Eugénio Silva e Luís Louro ao Festival BD de Barcelona).

    Ora ao visitar, há pouco, o luisdiferrart.blogspo.pt encontrei duas vinhetas da bd dele (uma no "post" de 19 Jan. e outra de 15 Maio) dedicada a Blueberry e Chihuahua Pearl - que ele me deu para a obra "Heróis de BD no Século XXI"

    Por acaso, ele adoptou essa forma muito original de mostrar uma vinheta de cada vez.

    Abraço.

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  10. luisdiferrart.blogspot.pt
    assim é que está correcto

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  11. Geraldes Lino

    Foi inteligente da tua parte - e outra coisa não esperaria de ti - teres proposto que eu fizesse uma prancha do Lucky Luke; se o não tivesses proposto e me deixasses de critério livre, eu ia escolher para o "Efeméride" essa mesma criação do Morris.
    Quanto à divulgação, ousei apenas a vinheta, mas nunca pensei colocar a prancha toda, porque considero que a obra entregue ao editor só a este cabe divulgar. Como "teaser", vá lá!... Sempre chama a atenção para uma ideia geral do que o leitor poderá esperar, obviamente com as expectativas reduzidas a uma única prancha.
    O teu "Efeméride" tem conseguido uma coisa extraordinária - divulga, ao mesmo tempo, autores consagrados e autores que os imitam com criações próprias; para além disso, consegue(s) "obrigar" os teus convidados a reduzirem a uma página/prancha a sua criatividade e engenho.
    Disseste algures que este será o último da série "Efeméride". Eu julgo que irás reconsiderar a decisão, pois é interessante e deveras gratificante este registo de heróis na visão dos seus leitores que também são autores. Não sei se é inédita, a nível planetário, esta ideia, mas é genial.

    Abraço
    Santos Costa

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  12. Caro Santos Costa

    Andei a dar umas voltas pelo blogue, e acabei por ler este teu comentário, que desconhecia.

    Agradeço-te o adjectivo de genial que usaste para a minha ideia (por acaso também o José Abrantes aplicou o mesmo adjectivo). Ambos a exagerarem...

    Tal como tu dizes, não sei se é inédita a ideia, a nível planetário. O que posso afiançar, sob palavra de honra, é que a ideia me ocorreu sem ter tido qualquer tipo de influência.

    Aliás, a razão pela qual digo que este número do fanzine "Efeméride" é o derradeiro, está directamente ligado à sua concepção.

    Com efeito, após ter editado o nº1 (Sonhos de Nemo no Século XXI) em 2005, por se celebrar o centenário da obra-prima "Little Nemo in Slumberland", criado em 1905 por Winsor McCay; e os nºs 2 (Príncipe Valente no Séc. XXI), 3 (Super-Homem no Séc. XXI), 4 (Tintim no Séc. XXI), e 5 (Corto Maltese no Séc. XXI), em 2007, 2008, 2009 e 2012, respectivamente, sempre em datas redondas da criação das personagens, cheguei à pragmática conclusão que não teria tempo de vida para publicar, a esse ritmo tão lento, obras colectivas semelhantes dedicadas a todos os heróis que fossem fazendo anos.

    Assim ocorreu-me exactamente a ideia de editar um número do "Efeméride", com o título "Heróis de BD noSéculo XXI", em que englobasse todos os heróis que os meus amigos autores de BD escolhessem. Foi o que fiz, entre Julho de 2012 e Julho de 2013.

    Já tenho todas as bandas desenhadas que irei editar, por ordem alfabética dos nomes dos heróis, em três tomos, sendo um quarto volume dedicado em exclusivo a publicar as biografias dos colaboradores dos seis números do "Efeméride".

    O 1º tomo de "Heróis de BD no Século XXI" (Parte 1 de 4), que engloba desde "Adèle Blanc-Sec" a "Dragon Ball", será lançado no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora/2013.

    Abraço,
    Geraldes Lino

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  13. Caríssimo Geraldes Lino

    Sobre o adjectivo que empreguei relativamente à tua ideia e à sua concretização, não exagero algum; assim como não o há relativamente a tudo o que tens feito, ao longo destes anos (muitos, felizmente e espero que sejam mais), em benefício da BD. Isto prova que a BD não é exclusiva dos seus autores, mas é-o substantivamente através dos seus divulgadores, estudiosos e editores, que a divulgam e a elevam.
    Este mérito teu também não é exagero, independentemente se for eu ou o José Abrantes (que sabe do seu ofício - deste ofício - pois é autor e editor) a dizê-lo desta forma.
    Uma vez que tens um quarto volume dedicado aos autores dos seis números do "Efeméride", não sei se, a propósito disto, também não cabe homenagear o autor/mentor desta obra colectiva - Geraldes Lino. E como? Sei lá, talvez com uma visão da tua figura desenhada ou caricatura, com a devida dedicatória.

    Abraço
    Santos Costa

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  14. Caro Amigo Santos Costa

    Essa parte 4 de 4 do nº 6 (derradeiro) do fanzine "Efeméride", incluirá as autobiografias e biografias (neste último caso, as que forem outros a escrevê-las) de todos os colaboradores dos seus seis números.

    Eu estarei incluído, apenas porque também aparecerei como argumentista (em duas bedês, uma em colaboração com Augusto Trigo - Luís Euripo -, outra com José Pedro Costa - Corto Maltese).
    Será para mim uma honra suficiente, melhor do que qualquer homenagem, estar igualmente como autor de BD (sempre assim classifiquei os argumentistas/guionistas de BD) nesta obra colectiva "Heróis de BD no Século XXI".

    Abraço,
    GL

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