terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A BOLEIA

Este é um conto retirado do 2º volume dos CONTOS DE AMOR E DRAMA, da minha autoria. É um dos meus preferidos, pelo que o exponho aqui para quem tiver pachorra para o ler na íntegra.
A situação relatada, embora na primeira pessoa, não significa que o personagem fosse eu, mas também não digo que não fosse. Se não aconteceu, podia ter acontecido...

A BOLEIA
Só percebi que a mulher pedia boleia quando já a tinha ultrapassado. De facto, para quem me conhecesse de perto, sabia que num relance eu me apercebia de qualquer presença feminina, mesmo a cento e tal à hora...
Acontecia, naquela ocasião, que eu ia com a minha ideia fisgada quanto à delambida que tinha ficado viúva do meu melhor amigo, descido ingloriamente à terra fria da sepultura uma hora atrás. Não bastava o desgosto de o ter perdido para sempre, ainda tinha a desdita de assistir ao triste figurão que a viúva fez no funeral, a bater-se descaradamente a um marmanjão que parecia quere-la comer com os olhos.
Fiquei bera com aquelas cenas, pronto! O meu defunto amigo merecia uma mulher que o respeitasse na vida e, não digo mais, pelo menos algumas semanas após a morte. Nem uma coisa nem outra. Ela devia estar obrigada à imposição a que estão sujeitas as viúvas de uma tribo da Austrália: não podem falar enquanto não secar uma camada de argila branca aplicada na pele após a morte do marido. E a coisa podia demorar meses.
Estava eu a contar que ultrapassei na brasa a inopinada presença de uma fulana a pedir boleia. Ia triste e pesadão para os lados do humor, mas não me fiz esquisito. Travei a fundo e recuei.
— Para onde é a ida? — perguntei.
Ela deu a volta ao carro pela frente e apareceu do meu lado, metendo o rosto pela janela adentro. Dava para sentir o bafo e o calor que irradiavam aquelas duas protuberâncias mamárias que sobressaíam de encontro à chapa da porta.
Disse com um ar mais natural deste mundo:
— Tu tens tão boa pinta como o carro. Vou para onde tu fores.
Tenho aqui um arranjinho, pensei. E logo num dia em que eu me sentia moralmente nas lonas!
Mas não é que, quando a vi mover as ancas ao dar nova volta ao carro, pela frente, disse para comigo: não é falta de respeito para um amigo defunto arranjar um romancezinho, que as mágoas precisam de um regaço para caírem... desde que não fosse a própria viúva.
A rapariga era daquelas estampas que nos enchem as medidas e ele, lá em algures, podia até chamar-me maricas. Como também não sou um bicho do mato, não me dei por achado.
— Entra e põe o cinto.
Sentou-se tão à-vontade que, mesmo sem fazer esforço estrábico, fiquei a mirar um bom par de pernas, do joelho para cima. Ela sabia as coxas que tinha e os abusados centímetros que deixou ao léu. Tanto sabia que deu em dizer, assim de chofre:
— Olha antes para a estrada e prego a fundo.
Então era isso o que ela queria: emoções fortes. Pois batera na porta certa. Em menos de nada batia os cento e quarenta. Que tal, hem?
— Esta coisa não dá mais ou és tu que não tens unhas para ela?
Toma! Uma boca foleira daquelas merecia resposta adequada. Pisei o acelerador até me doer o tornozelo e encomendei-me ao anjo Custódio. Com uma mulher daquelas a fazer pouco de mim, matutei: dá tudo por tudo, rapaz, e aguenta que é serviço!
À saída da curva, pimba! Avistei num ápice uma mota azul e branca estacionada na berma e o polícia da brigada de trânsito a "morder" o esquema do acelera.
É como digo. Há dias que não devia sair de casa, quero dizer, do quarto, da cama, sei lá, debaixo dos lençóis.
Travei a fundo, fiz uns "esses" pouco ortodoxos e deixei que a frente do lado direito fosse lamber a erva da valeta. Lá consegui parar meia dúzia de metros à frente do sinal de stop que o guarda tinha na mão.
— Você vinha a "abrir" nas horas — iniciou o agente em calão, com aquele sorriso maroto de quem apanha lebre na armadilha. — Faça o favor de mostrar os documentos.
Passei a papelada para a mão dele: livrete, carta, bilhete de identidade, seguro, número de contribuinte e um recibo de uma prestação do carro. Não vi qualquer maquineta de controlo de velocidade e isso deixou-me satisfeito.
— Ó senhor guarda, eu nem vinha com muita velocidade. Quero dizer, não vinha em excesso. Se tanto, devia ir um pouco mais além do que o limite, aí a cem, cento e dez...
Esqueci-me da pendura que levava ao lado. A sua voz inesperada levou-me ao tapete.
— Qual cem, qual quê? — contrariou ela. — Vinhas a uns cento e oitenta, ou mais...
Como se costuma dizer, fiquei sem pinga de sangue!
— Bolas! Esta tipa não regula bem, de certeza! Se eu garanto que não passei dos cem...
— Morde aqui! Alguma vez, a cem, os pneus faziam a chiadeira danada que fizeram?
— Tudo bem, tudo bem — acalmou o guarda, mordendo lábio inferior para suster as gargalhadas. — Ao fim e ao cabo vou fazer de contas que vinha nos cem. Até nem o vou multar por isso, veja lá você!
Começou a rabiscar sofregamente num bloco de multas, com a ponta da língua de fora, tal e qual os putos da primeira classe. Dava-lhe gozo aquela escrita!
Pensei: aquiesceu na questão da velocidade, os documentos estão em ordem, o que é que este me quer?
— Se não é por isso, por que é que está a passar a multa?
Ele deu-me o bloco para assinar sem me dar tempo a ler, cortou o original pelo picotado e tentou esclarecer com outra pergunta.
— Já reparou na sua companheira do lado?
— Acabei de lhe dar boleia.
— Julguei que fosse sua mulher e pensei naquele provérbio que ouvia ao meu pai: antes que cases, vê o que fazes.
— Não estou a perceber, senhor guarda.
— Ó homem — quase gritou ele. — Já viu que ela não leva o cinto de segurança posto? A multa é por causa disso.
Fiquei ali pasmado, feito parvo, enquanto o polícia, cada vez mais sorridente, se acercava da janela do lado dela. Quase enfiou a cabeça por ali dentro e lhe disse ao ouvido, não suficientemente alto mas não deixei de ouvir:
— Aposto que nem foi preciso mostrar a perna para fazer parar este tanso.
Arrumei o papel da multa na carteira e arranquei mais bera do que nunca. Que espécie de maluqueira passou pela cabeça desta fulana?
Eu iria jurar que ela tinha posto o cinto, mal entrou no carro, porque foi a primeira coisa que lhe pedi quando lhe ofereci boleia. Isso queria dizer que fez de propósito para eu pagar a multa. Ou era doida, mas daquelas doidas varridas, ou então não ia com a minha cara e fizera de propósito para me meter naquela alhada.
— Vais chateado, coisinho?
Nem sequer lhe respondi. Fiz bem. Não costumo lançar impropérios e alcunhas a mulher alguma e não queria abrir uma exceção, embora me apetecesse confirmar a regra. Em vez disso, estava mortinho para alijar a carga o mais rapidamente possível. Mal entrei na cidade, encostei.
— Ficamos por aqui. Faz o favor de descer.
— Logo aqui, coisinho, longe da paragem do autocarro?
— Longe da paragem ou perto do inferno, tanto me faz.
— Isso é que não se faz…
— Pira-te e fecha a porta, que para chatice já me chega a que arranjaste.
Ela fez beicinho. Então apercebi-me que era encantadora, mesmo bonita. Mas eu estava pior que uma barata.
— Pronto! Já vi que sou indesejável. Para te compensar, toma lá um bilhete para o meu espetáculo.
Ia dizer para meter o bilhete num sítio que eu sei e ela também sabia, mas contive-me. Não esperou resposta, abandonando o bilhete no assento e saindo porta-fora com um intrigante: vemo-nos em breve.
Em breve?! Nem que ela fosse a única numa ilha deserta e eu estivesse com um ataque agudo de cio!
Meia hora depois puxei pela carteira para comprar um maço de tabaco e... tinha sumido. Revistei o carro de ponta a ponta. Nada. Foi a tipa!
— E agora, onde é que te vou apanhar?
Lembrei-me do bilhete do espetáculo. Estava caído no tapete. Em vez de ter algo a ver com strip-tease, como imaginava, remetia para um show de ilusionismo num bar da cidade. Resolvi comparecer. Ela havia de apresentar-me a carteira com todos os documentos — e a multa, chiça, e a multa! — ainda que lhe tivesse de apertar o gasganete.
Cheguei atrasado mas ainda deu para ver que ela não tinha mentido. Apresentava sozinha um espetáculo de ilusionismo, com aquela coisa das argolas que encaixam e desencaixam, cordas que se cortam e se voltam a unir, pombas que se transformam em papelinhos e guarda-chuvas que se convertem em gravatas.
Mal me viu, sorriu com um ar de triunfo, vá lá saber-se porquê.
— Por fim, a terminar — disse para o público —, graças a um golpe de mágica, vou fazer aparecer, no lugar deste coelhinho branco, a carteira do senhor que acaba de entrar.
Toda aquela gentinha pôs os olhos em mim. Nem sei como mantive a serenidade suficiente para não desatar ali aos berros.
— Um... dois e... — destapou a pequena gaiola onde tinha colocado o coelho e fez aparecer no seu lugar a minha muito desejada carteira.
— Três!
Fiquei como uma estátua. Pela minha cara, os presentes que olharam na minha direção viram que eu fiquei naturalmente perplexo e que aquilo não tinha sido combinado.
— Esta é a carteira daquele senhor. Faça o favor de subir ao palco e de conferir se é sua e se está tudo em ordem, cavalheiro.
Então não merecia uma resposta? Fiquei tão apalermado com o desplante que, na ânsia de agarrar a carteira, tropecei num degrau do palco e estatelei-me ao comprido.
Quando ouvi as gargalhadas da assistência, jurei: nunca mais dou boleia a ninguém. Nunca mais!
Eu só pretendia reaver a carteira, mas ela arrastou-me para o camarim.
— Desculpa lá esta, mas não fiz por mal. Pensei que este truque de te "bifar" a carteira dava um excelente número e não me enganei.
Fui tão direto como a seta de Robin Wood, melhor, a de Guilherme Tell.
— Quero acabar de vez com esta palhaçada. Para já, não te quero ver mais à minha frente, nem pintada!
— Calminha, coisinho. Vês isto aqui?
Mostrou-me o bloco das multas que eu vira nas mãos do polícia e continuou:
— É a colheita de um dia de trabalho na estrada. Tirei-lha com muita pinta, tens de reconhecer. Sabes para onde vai tudo isto, incluindo a tua multa, não sabes? Olha...
Sem mais aquelas deitou o bloco no cesto do lixo. O original que eu tinha guardado na carteira seguiu o mesmo destino.
— Estamos quites, menino. Depois disto, vai à tua vida, que nunca mais te vou chatear.
Nem lhe agradeci aquela coisa da multa. Vendo bem as coisas, tinha de agradecer? Estava disposto a não vê-la nunca mais...
Puro engano! Quando, em casa, ia a puxar do isqueiro de prata para acender o cigarro, encontrei no bolso do casaco um bilhetinho assinado:
"Espero-te para jantar no restaurante da marina, o “Lagostim Azul”, às vinte horas em ponto. Se faltares, o teu isqueiro vai tomar banho. Será que ele sabe nadar?"

domingo, 26 de fevereiro de 2017

AS BODAS DE D. DINIS


As Bodas de D. Dinis e de Isabel de Aragão foram tratadas por mim em banda desenhada. Até aqui não havia novidade nenhuma, uma vez que já fiz outros álbuns de BD; porém, este teve três edições em simultâneo - uma em português, outra em castelhano e uma outra em inglês - cada uma delas com a tiragem de 3.000 exemplares.
A edição é de 2005 e as versões em castelhano e inglês tiveram tradutores próprios. Em cima, as três versões, em cada uma das línguas, da página 5.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O REGICÍDIO - ADAPTAÇÃO DAS VINHETAS


O que para muitos é uma chatice, caso tenham de adaptar as vinhetas de um trabalho já publicado a novo formato, para mim é uma desafio; logo, é com gosto que me meto ao trabalho e transformo aquilo que fiz sem alterar muita coisa.
É o caso de  "O Regicídio" (a morte do Rei D. Carlos I num atentado), que publiquei em páginas de um jornal, em formato ligeiramente superior a A3, com quatro tiras por página, para adaptar esse mesma obra a um formato mais pequeno, ou seja um A5 com apenas duas tiras, ficando cada uma das vinhetas em maior tamanho.
É necessário cortar de modo a caber no novo enquadramento, aparando ligeiramente o desenho original ou preenchendo os espaços vazios, tarefa que executo directamente no computador, desenhando com... o rato!


Trago dois exemplos inacabados dessa transformação. Em cima, o Campo Pequeno e uma visão da praça, o touro e o toureiro, enquanto na "aficción" têm diálogo dois conspiradores. Note-se a limpeza dos balões rectangulares originais, que agora e desta feita serão arredondados e ovalados. Na segunda vinheta, uma perspectiva das Cortes (Assembleia da República), onde se notam os espaços em branco que precisam ser preenchidos (com desenho e com texto).

O terceiro exemplo é um conjunto de três vinhetas acabadas.
Perguntarão: isso dá muito trabalho, onde está a paciência?
Respondo: no prazer em trabalhar, principalmente naquilo que gosto de fazer.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

sábado, 18 de fevereiro de 2017

ANIVERSÁRIOS-EFEMÉRIDES

 1745 Nascimento de Alessandro Volta (Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta), físico italiano, natural de Como, conhecido pela invenção da pilha eléctrica, a primeira fonte de corrente contínua de que a Ciência dispôs, pela invenção do electróforo (1775), uma máquina que produz electricidade estática, e pela descoberta do gás metano (1178), conseguindo-o isolar. Apesar de só começar a falar aos 4 anos de idade, aos 14 decidiu estudar física, renegando a carreira eclesiástica com que a família sonhava para ele. Em 1779, tornou-se professor de física na Universidade de Pavia, posição que ocupou durante 25 anos. Casou-se com Teresa Peregrini e teve três filhos. Faleceu a 5 de março de 1827.
 1898 Nascimento de Enzo Ferrari (Enzo Anselmo Ferrari), piloto de automóveis, industrial e fundador da Scuderia Ferrari e da fábrica de automóveis Ferrari, natural de Módena-Itália. Inicialmente trabalhou como mecânico até ao início da Primeira Guerra Mundial, altura em que entrou na Contruzioni Mecaniche National, como piloto de testes. Ao ser recusado pela Fiat, ingressou na Alfa Romeo como piloto. Criou a Scuderia Ferrari no ano de 1925, em Módena, transferindo-a depois para para Maranello. Obteve 19 vitórias em Le Mans e nove títulos na Fórmula 1. Recebeu do governo italiano o título de Comendador. Faleceu aos 90 anos, em Maranello, a 14 de agosto de 1988.
 1906 Nascimento de Hans Asperger, psiquiatra e pesquisador austríaco, natural de Viena, a quem se deve a descoberta e a classificação da Síndrome de Asperger. Licenciado em Medicina em 1931 trabalhou na clínica infantil da universidade em Viena e na clínica psiquiátrica, em Leipzig, demonstrando interesse em crianças "fisicamente anormais” e realizou estudos com mais de 400 crianças, sendo ele um dos pioneiros no estudo do autismo. Incansável, publicou 359 trabalhos científicos, na sua maioria sobre psicopatia autista e morte. Trabalhou até ao fim, dando aulas e prosseguindo as suas investigações até seis dias antes de morrer, na sua cidade natal, a 21 de Outubro de 1980.
1947 Nascimento de Carlos Lopes (Alberto de Sousa Lopes) atleta e campeão olímpico português, natural de Vildemoinhos-Viseu,  um dos melhores da sua geração, sagrou-se campeão olímpico da maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984). Nos 5000 metros bateu por 9 vezes o recorde nacional e nos 10000 tornou-se recordista nacional por 8 vezes. Conquistou uma medalha olímpica de prata em 1976 e, em 1984, alcançou o 2º tempo mundial de sempre. Em corta-mato foi campeão nacional por 10 vezes, vice-campeão mundial em 1977 e em 1983, e campeão mundial em 1976, 1984 e 1985. Campeão mundial dos 3000 metros obstáculos e em 1985 tornou-se o recordista mundial da maratona.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

D. AFONSO HENRIQUES E D. EGAS MONIZ


O Luiz Beira telefonou-me hoje para me falar de D. Afonso Henriques. Curiosamente, ontem tinha recebido um convite para participar, com um trabalho, numa exposição sobre este nosso primeiro rei.
Ora, o Luiz Beira, que recentemente fez uma doação à Biblioteca Municipal de Viseu de mais de 10.000 obras de banda desenhada (de entre as quais, cerca de 6.000 álbuns - ver notícia em http://bloguedebd.blogspot.pt/2017/02/foi-bonita-festa-pa.html), ao saber que eu tinha feito um trabalho sobre a figura da do rei, ficou interessado neste álbum, o qual certamente não fará parte - pelos vistos - da colecção doada.
É um álbum que realizei - vai para 15 anos - para uma editora, a qual entregou a obra à Câmara Municipal de Lamego, entidade que a encomendou. Sei que a tiragem foi generosa e não sei se há exemplares disponíveis. Eu não tenho!
O título é "D. Egas Moniz, o Aio", e retrata a infância de D. Afonso na companhia do seu aio D. Egas Moniz em Britiande (Lamego). Percorre parte da infância do que viria a ser rei, designadamente aquele episódio que é muito conhecido como o "milagre de Cárquere", que curou o rei de um aleijão de nascença e que o impedia de andar.
Como tenho o meu exemplar, quase dei cabo dele para tentar passar algumas pranchas ao "scanner", com a dificuldade acrescida de o álbum ser ligeiramente superior a A4.
De qualquer forma, segue uma vinheta (acima) e três pranchas do episódio com o javali, bem como uma outra com o rei já adulto em combate contra os Trava e a mãe.




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

AGENDA PRÁTICA FISCAL


Em 1996 publiquei uma obra intitulada O FISCO NO DISTRITO DA GUARDA, que pretendeu ser uma monografia e agenda prática, com 148 páginas e formato 15 x 21 cm
Livro destinado aos trabalhadores dos impostos do Distrito da Guarda, foi publicado com apoio do STI (Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos), STFP (Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública) e Governo Civil da Guarda, no âmbito do 15º Convívio dos Trabalhadores dos Impostos do Distrito da Guarda, realizado em Trancoso, pelo que abdiquei de quaisquer direitos de autor ou de qualquer pagamento. Contém a história dos impostos em Portugal desde a antiguidade – e olhem que eram muitos; nomes e datas de nascimento de todos os funcionários do distrito, o que proporcionou mais contacto entre eles, designadamente aquando dos aniversários; descrições das freguesias, com distâncias entre elas e as sedes concelhias. Contém ainda, à guisa de corografia, breve monografia de cada um dos catorze concelhos, descrição de todos os monumentos, população, feriados, datas festivas, mercados e feiras.

Esta obra encontra-se há muito esgotada, uma vez que não foi colocada à disposição do público em geral.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

JAMES JOYCE NASCEU HÁ 135 ANOS


Dos meus apontamentos escritos e desenhados, encontrei esta efeméride:
A 2 de Fevereiro de 1882 - Nascimento de James Joyce, escritor irlandês, mais propriamente romancista, contista e poeta, natural de Dublin-Irlanda, autor de obras como Gente de Dublin, Retrato de Artista Quando Jovem, Finnegans Wake ou Ulisses. Foi dos mais famosos romancistas irlandeses e famoso por ter explorado novos métodos literários nas suas obras. 
Joyce foi a Paris pela primeira vez em 1902 para estudar medicina, mas no ano seguinte regressa à Irlanda. Joyce decide morar em Paris a partir de 1920 onde, excepto duas visitas ao país natal, permanece na capital francesa nos vinte anos seguintes. Com a Segunda Guerra Mundial, Joyce residiu em Zurique, quase cego, e morreu em 1941.