domingo, 15 de novembro de 2009

"SERVIRÃO UM SÓ SENHOR" - (Bandarra)




"O procurador e o juiz de Aveiro que estão à frente do caso Face Oculta queriam que José Sócrates fosse investigado pelo crime de atentado contra o Estado de Direito. Mas o Procurador-geral considerou não haver indícios. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça ordenou a destruição das escutas telefónicas que sustentavam as suspeitas."

Depois de lida esta notícia em http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1421023, fico com a sensação de que, pelo meio daquelas duas figuras da Justiça, haverá alguém que as hipnotize. Sem grandes buscas para saber quem será, encontrei um "cartaz" em http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com/ e vejam quem é o "mágico" !

Um pouco mais adiante, ouvindo um ancião (cujo rosto me faz lembrar aquelas figuras do séc. XIX dos romances de Júlio Verne) falar em espionagem, ei-lo na dita.

E mais não digo, porque só não percebe quem não quer.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"INDA O TRONCO ESTÁ POR VIR" - (Bandarra)

Segundo as notícias, as coisas avolumam-se para o lado daquele que alguns portugueses teimam em manter como primeiro-ministro. O homem parece mentir, tal como o Pinóquio, mas o nariz não lhe cresce em comprimento; antes se abatata, como um furúnculo, parecendo um ariete quando se enfurece e invectiva os adversários (principalmente a comunicação social).
Enquanto isso, assistimos aos silêncios de Geppetto perante os fumos de tráfico de influências, conversas duvidosas com amigos igualmente assim, ajudas a Manueis Finos com problemas financeiros, outras tantas a Quins Oliveiras que dominam muito papel impresso em prol da causa, Ongoing's (oinc! oinc!) dos Vasconcelos ( um outro, foi defenestrado na História, como sabeis), Freeport's que o paciente inglês da congregação já arquivou, para dar o exemplo, e o que mais virá por aí abaixo..
Pelo meio, o passar do testemunho esfarrapado entre PGR e STJ.
O povo, esse, que se deixa enganar (porque quer) descansa e segue o rifão: o que havemos de fazer? Descansar e tornar a beber. Ora, recorrendo a um outro aforismo sertanejo, atrevo-me a sugerir - isto só com pau, corda e chinguiço.
Pinóquio e Geppetto, se bem que feitos de carne e pau, parecem entender-se e ambos, com "cara de pau" recolhem a língua na boca e deixam que o tempo e o futebol façam esquecer estas escutas e mais escutas, espionagem e mais vilanagem.
Favores e mais favores, ninguém já duvida que os vai havendo. E lá vai outro rifão: eu venho do "dá cá, toma" e vou para o "toma, dá cá"; nunva vi "dá cá" sem "toma", nem "toma lá" sem "dá cá".
Quo usque tandem abutere, Socratilina, patientia nostra?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"HAVERÁ AÇOITE E CASTIGO"- (Bandarra)

Daqui a duas dezenas de anos, mais ou menos, dois senhores encontram-se para recordarem episódios passados, principalmente um incidente que ocorreu quando um era o chefe do (des)Governo deste País e o outro um alto quadro da Banca (e que Banca!).
Ouçamos o que dirão.
- Olha Armando, lembras-te daquelas chamadas que me fazias a perguntar como estava o tempo?
- Se me lembro, Zé, se me lembro!
- E a chatice que elas me causaram, não fossem os meus amigos da Justiça!
- Chiça!
- Afinal, para além do tempo, só contámos anedotas de alentejanos e uma daquela velhinha da oposição. Lembras-te?
- Lembro, Zé. Falámos muito do tempo... e da ferrugem.
- Da ferrugem, Armando?! Qual ferrugem?
- Da que corrói o ferro, pá. A ferrugem é como o tempo e este é como a Justiça - dá tempo ao tempo.
- Ah!
- E falámos daquele meu carro velho que eu tinha quando fomos sócios dos combustíveis...
- A sucata, sim. Aquilo era uma sucata.
- Ora, aí está: vê lá se te lembras? Alguém estava do outro lado a ouvir e, mal se falou em sucata, tau! Até parece que os ouvi gritar, lá das catacumbas da secreta: apanhámo-los!
- Apanharam-te, queres tu dizer.
- Não, não apanharam, Zé, que a Justiça corre muito devagar. Julgo que o julgamento está marcado para daqui a seis meses.
- Ora bolas, Armando, logo quando eu estou em campanha eleitoral para renovar o mandato...
- A partir daí, telefone e telemóvel, internet e o diabo a quatro, nada de nada.
- Apenas estas conversas solitárias onde ninguém nos ouve.
- A propósito, aquilo que ali está não é um gato?
- É. Vamos atrás dele, pois acho que esteve à escuta e a gravar...
- Embora!

Deixemos estes dois anciãos na perseguição do bichano e continuemos a estrofe do Bandarra que serviu de título:
"Um dos três que vão arreio
Demonstra ser grão perigo;
Haverá açoite e castigo
Para gente que não nomeio."