domingo, 6 de dezembro de 2015

A MINHA BIBLIOGRAFIA - I

Já são tantos livros e tantas as publicações que, quando questionado sobre o número, costumo dizer aquele que me vem à cabeça e que julgo aproximado, uma vez que é mister distinguir entre obra em livro, em álbum, em folheto, em periódicos, etc.
Como não tenho grande tentação de os deixar todos anunciados aqui - e parece que no Depósito Legal nem todos constam, onde até se chegou a juntar a minha obra com a de outro homónimo já falecido - paulatinamente irei expondo aqueles que me vierem à mão, tal como as mouras das lendas que vinham colocar ao relento as toalhas nas madrugadas de S. João.
É o caso que agora exponho, por ser a segunda publicação e a primeira em forma de livro, classificada como tal.


Título: Maltratados Sedentos e Famintos
Edição: do Autor – EA
Classificação: Contos
Formato: Livro; 14,5 x 20 cm
Número de páginas: 114
Data: 1976
Gráfica: Tipografia Mondego – Celorico da Beira
Trata-se do meu segundo trabalho publicado e este em forma de livro. Caracteres móveis, na mesma tipografia onde era impresso o jornal O CASTELO, mensário que fundei e dirigi em Trancoso, de que saíram sete números.
É das únicas obras em que me identifico com o nome e o sobrenome e uma das duas em que inseri a minha fotografia na contracapa. A capa foi desenhada por mim, assinada e datada com o mesmo ano da publicação. Foi impressa a 3 cores, sendo a gravura a preto, o título a laranja e o nome e tarja sobre a gravura a azul. Tem lapela de capa e contracapa de 25mm.
Na contracapa coloquei, sob a fotografia tipo passe, um poema de minha mulher e umas palavras que serviram de entrada aos contos onde disse: “De um lado os pobres, os humildes, famintos, sedentos e maltratados; do outro, os ricos, os opressores, os saciados, mas sedentos do poder e da força; entre os dois, os espectadores da vida, que não sentem nem uma coisa nem outra”.
Integra os seguintes contos: A Aldeia – Mais Natal – Velho e Filósofo – Dia de Feira – O Ferro Velho – Sua Excelência – Uma Esmola e uma Lágrima – Aquela Professora – Pele de Diabo – Mais Medo que Cobardia – O Comboio – O Coveiro – Estudante – O Avarento – Ambição ou Pressentimento? – O Calhambeque – O Burro – Quem quer Vai, Quem não quer… - A Taberna – Amarás o teu Próximo – Quando as Armas Queimavam as Mãos – Lembrança – Crónica de um Caso.
Os contos O Calhambeque, A Taberna, Quando as Armas Queimavam as Mãos e Lembrança, possuem uma gravura, cujo base para impressão foi a zincogravura montada sobre um taco de madeira.

O conto Amarás o teu Próximo, foi publicado no jornal Notícias da Beira de Mangualde em episódios.
Este livro não teve distribuição comercial, nem coragem tive para o vender. Por isso, grande parte da edição foi destruída, sendo oferecidos alguns exemplares a conhecidos e pessoas de relações cordiais. Fiquei, no entanto, com uma pequena reserva, no respeito pelo labor e despesa, bem como na forma como foi conseguido o trabalho gráfico, todo ele manual e de forma quase artesanal, muito embora o seu aspecto gráfico e final, como livro, seja de boa qualidade.
Como acontece com todas as obras que dou à estampa, nunca mais o li depois da sua publicação; não porque desdenhe o que ali escrevi, mas porque é meu hábito criar e ter prazer no decurso dessa criação, pensando sempre na próxima.

Qualquer dia tenho de reler esta obra, fruto de um desejo de querer comunicar, ainda que sob a influência de algum amadorismo.

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