segunda-feira, 20 de abril de 2015

DESENHAR EM QUALQUER SUPORTE


O título podia ser "Desenhar em qualquer suporte e com qualquer tipo de ferramenta", mas também podia ser "Os esquiços que não passaram à arte final".
Isto por quê?
Precisamente porque desenhei num álbum virgem destinado a fotografias, daqueles álbuns que os fotógrafos têm à venda, com papel muito grosso, capaz de permitir os traços fundos e repetidos de uma esferográfica e não ser ver nada do outro lado. O formato é inferior ao A3 mas é superior ao A4, pelo que tive de passar duas vezes no "scanner" a mesma prancha para se ver a página inteira.


Não conclui o trabalho, mesmo sendo ele uma preparação para passar à arte final. Tratava-se de uma história que girava à volta de um jovem do PC nos tempos de Salazar e intitulava-se (o pretérito empregue no termo é evidência da desistência) precisamente "O Revolucionário".
É natural que um dia destes, dando-me a pachorra para a tarefa, o concluo, pois a historieta tenho-a na cabeça, sem qualquer apontamento base - ou seja, não se encontra nada escrito.
Fi-lo neste suporte de álbum de fotografias porque já se encontrava encadernado, as folhas não se perdem pelos cantos e sempre se lê e fica para ler pelas gerações enquanto não o mandarem para a reciclagem.


Nestas duas pranchas encontra-se parte da cena em que o rapaz "namora" com a filha do fazendeiro que o escondeu da PVDE e que, depois de lhe desvirginar a filha, se vê a contas com o homem.
Outra meia prancha mostra um monumento de Lisboa - destinada ao meu Amigo Geraldes Lino, que aprecia o desenho de motivos nacionais como fundo - na altura em que os encontros de faziam às ocultas.


Enfim, uma esferográfica tem a agilidade da tinta oleada e escorrega muito bem neste tipo de papel. O negro nunca chega a ser negro (principalmente se a cor for azul como esta!), mas o tom de riscos deixa no álbum um agradável aspecto visual.
No caso, o álbum tem vinte folhas (para quarenta pranchas) e eu tenho metade completas.
Se me der na bolha, mostrarei mais...

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