sexta-feira, 22 de março de 2019

CAVALGAR...



Gosto de andar a cavalo, embora não o faça há muito por razões óbvias, sendo a principal a que indica que não tenho algum em carne e osso. Possuo cento e trinta cavalos (horse power) enfiados sob o capot do motor do meu automóvel. São fogosos, embora controláveis, mas se a um cavalo dar-lhe esporas é vê-lo quase a voar, imaginem cento e tal; é por isso que sou apanhado nas “tesourarias” rodoviárias em excesso de cavalgada.
Acho o cavalo, um animal perfeito. Sempre admirei e respeitei em especial este animal (embora tenha por timbre respeitar e admirar todos os animais), não só pela sua estrutura e dinâmica, como pela beleza plástica que os seus movimentos proporcionam. Desde pequeno aprendi a montar num cavalo… em pêlo. É certo que o fazia em animais bem domesticados, de carga e não de tiro ou montaria, pois eram eles que levavam os sacos de farinha do moleiro, meu saudoso primo Ivo. Passei a montar, mais tarde, em outras condições, mas as sensações perduraram de uma ou outra forma. Confesso que, de uma vez, fui projectado pelas orelhas, graças à aparição intempestiva de um canídeo mal-humorado, que obrigou a montada a especar súbito.
Possivelmente voltarei a este assunto da cavalaria – não alta cavalaria – porque tenho algures fotos com o animal que montava nos meus verdes anos, um belo e alto exemplar castanho, de que guardo saudades. Quando se proporciona desenhar cavalos – e faço-o quando me ocupo de trabalhos de ilustração ou quando alguma criança mo pede – faço-o com a imagem desse garboso animal, as suas crinas ao vento, o seu galope cadenciado, o vero símbolo da liberdade.
Quanto à fotografia, não se ponham a conjecturar, uma vez que sou mesmo eu o cavaleiro, o cavalo é um cavalo de carne e osso e a praia fica no município de Porto Seguro, no Brasil, onde Cabral descobriu o Brasil… e não se preocupou em o cobrir.

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