segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

DESENHAR AUTOMÓVEIS - 1

Tem-me servido este blog como repositório de trabalhos conluídos e inconclusos, esparsos, memórias, publicações, investigações e outras tarefas que realizei sobretudo com prazer. A escrita, a ficção, a investigação histórica, o jornalismo e a banda desenhada resultam de ferramentas inatas que eu utilizo com maior ou menor primor, suadas algumas, nenhuma ao ponto do sacrifício.
Eu gosto de desenhar automóveis. Com três ou quatro anos de idade desenhava comboios e automóveis, obviamente tão estilizados como o são os desenhos de crianças dessa idade e de alguns autores vanguardistas que querem fazer da BD uma "picassada" modernista.
Por isso, a peça que hoje levo a este meu espaço de arquivo. Sim, porque é um arquivo que eu disponibilizo a quem o queira ler ou ver, sem me importar se são muitos ou poucos, se apreciam ou
vilipendiam o estendal que aqui deixo ao "relento".
Como gosto de desenhar automóveis, o paradoxo é pretender desenhá-los em fim de vida - vulgo sucatas - tendo-o feito em algumas BD's.
É o caso desta prancha de vinheta única, que hoje aqui coloco, perdida entre outros papéis, pois que perdida a função que ela tinha na série que desenhei sob o título genérico "Se o meu carro falasse...".
Trata-se de um trabalhosem retoque final, executado com marcadores de diversas espessuras.
Um automóvel abandonado tem muitas histórias para contar.
Quando as vemos perdidas e abandonadas num espaço isolado ou em parque de sucateiro, há ali uma nostalgia que me prende particularmente a essas viaturas e imagino as alegrias dos seus proprietários na primeira viagem que fizeram com elas, os amores e desamores passados nos seus habitáculos, as peripécias e as contravenções, naturalmente assacadas à fragilidade humana, ao longo de milhares de quilómetros.
Voltarei com outros automóveis em artigos que intercalarei, porque para além de fazedor deste blog, sou o seu assíduo leitor.

2 comentários:

  1. Olá Santos Costa,
    Como não me enviaste o e-mail, venho dizer-te aqui sob a forma de comentário que, afinal já não vou a Tondela no dia 7. Hei-de lá ir, mas, por enquanto, ainda não tenho uma data definida. A única que está é em Coimbra na Dr. Kartoon no dia 13 à tarde. Mas sei que isso já é muito longe, contrariamente a Tondela. Entretanto e já que estou a comentar, devo dizer-te que tens aqui coisas muito interessantes em diversificados estilos, como é o caso destes automóveis recuperados. Grande abraço.

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    1. Carissimo João Amaral

      Acabei de te enviar o e-mail, justificando o atraso.
      Relativamente à obra que agora trazes a Público, terei certamente oportunidade de a ela me referir neste meu modesto blog. Não o fiz há mais tempo, anunciando-a, porque receei publicar as imagens "sacadas" de outros blogs e sem a autorização do editor.
      Repito o que já disse no teu próprio blog e noutros: arrojaste, mais uma vez, trazer a BD para a ribalta, elevando-a de tal forma, que lhe conferes a maioridade com esta excelente obra do Saramago. Só um autor com grande clase, como tu tens evidenciado, conseguiria esta qualidade gráfica e nível de adaptação.
      Desejo, pois, sinceramente, os maiores êxitos editoriais para "A Viagem do Elefante" e um grande futuro para ti, nesta tão difícil e
      pouco compreendida, forma de cultura, que é a Banda Desenhada.

      Um grande abraço

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