sábado, 17 de novembro de 2012

BATALHA DE TRANCOSO EM BD


Foi em 1985 que me encomendaram este pequeno álbum. Comemorava-se então o VI Centenário da Batalha de Trancoso (1385) e a Câmara Municipal entendeu que era uma forma de divulgar, através da Banda Desenhada, este importante acontecimento histórico, uma vez que esta batalha (juntamente com as de Atoleiros e Aljubarrota) foi decisiva para a independência de Portugal no séc. XIV.
Sei que foram feitas várias edições, esgotando-se sucessivamente (tal como agora, que não se encontra disponível), pois eu vendi os direitos de edição.
Sei também - porque li numa acta da Câmara, dessa altura - que o jornal "Expresso" pretendeu editar
este álbum, com uma tiragem fenomenal, mas que a Câmara e o jornal não chegaram a acordo.
Enfim, é um trabalho com 27 anos e a alegria de saber que, muitos daqueles que então eram crianças, conheceram esta batalha através da BD, chegando alguns a reproduzir os desenhos que aí encontraram, pois o álbum não trata só da batalha, como também divulga os monumentos, figuras e outros acontecimentos históricos.

5 comentários:

  1. Pois é, Ricardo
    Já lá vão uns anitos quando fiz o trabalho para a Câmara. Julgo que ainda era presidente o Sr. Inácio Pinto e vice-presidente o Dr. Júlio Sarmento.
    Executei o trabalho à pressa, porque me falaram pouco antes das comemorações e, na altura, eu ainda não estava muito dentro do assunto.
    Uma curiosidade: nessa obra, a data da batalha está registada como 25 de Abril de 1383; só mais tarde lá se descobriu o 29 de Maio.
    Abraço

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  2. Caro Santos Costa,

    Que grandes cenas de batalha!

    São desenhos sempre difíceis, que colocam vários problemas ao desenhador. Mas conseguiu aqui resolver bem "a coisa" em desenhos cheios de intervenientes, acção e pormenor.

    Mas esta edição faz-me pensar na quantidade de álbuns de BD "perdidos" por essas Câmaras Municipais e afins e longe do grande público.

    Abraço.

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  3. Caro André
    De facto, há muitas bandas desenhadas "perdidas" nos municípios; pior será, se ficarem mesmo encaixotadas nos armazéns dos ditos.
    Confesso que fiz trabalhos para os municípios: alguns directamente, outros através de editor e foi sempre compensador relativamente ao mercado editorial mainstream.
    Há trabalhos meus nas câmaras de Lamego, Fundão, Trancoso, Aguiar da Beira e Meda, alguns com tiragens relativamente boas. Julgo que todas estas câmaras souberam distribuir as obras, sendo parte delas vendidas através dos respectivos circuitos de turismo ou mesmo oferecida uma boa fatia aos alunos das escolas.
    O único senão é precisamente estarem arredadas do meio comercial e com ausência de divulgação. Não se pode ter tudo.
    Abraço
    Santos Costa

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  4. Acabei de adquirir a referida obra no miau

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