quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O PRAZER DE ESCREVER; O PRAZER DE LER


Em 1991 publiquei alguns artigos na conceituada revista "HISTÓRIA", então dirigida pelo Dr. Luís Almeida Martins. Um desses trabalhos mereceu tema de capa (acima, na imagem) e  25 páginas no miolo. A peça escrita era dedicada a Bandarra (o patrono moral deste blogue), com um subtítulo que afirmava "o sapateiro que foi além da chinela".

Há quatro dias atrás, sentado à mesa do café com o amigo Dr. Cristino Cortes, professor de Economia, escritor, poeta e crítico literário, falavávamos dos projectos no âmbito da literatura, quer de um quer do outro, quando veio à conversa o facto de eu ser "eclético" nos temas e nas artes que abordo, sem querer preponderar uma determinada arte em relação a outra e, dentro de cada uma, servir vários géneros, escolas e tendências.
A perplexidade salta quando se sabe que eu tanto escrevia contos para a revista "Maria", como publicava Banda Desenhada ou "cartoons" no semanário "O Diabo", publicava peças de âmbito etnográfico na revista "Notícias Magazine" e em " O Independente" , publicava monografias e biografias ou editava álbuns de desenhos de cariz histórico.
Nunca me envergonhei do que fiz, pelo que fiz e como o executei, ao contrário de muitos intelectualóides que, nas esquinas dos cafés ou nas terttúlias dos da mesma laia, abominam em público aquilo que apreciam, às escondidas, em casa.
É certo que nunca fui licenciado e menos doutorado e jamais me passou pelo bestunto usar como créditos estas e outras minhas factualidades. Sou como sou, faço o que sei fazer e o que dá na gana.
É assim que eu entendo a liberdade criativa.


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